A reescritura do mito de Medeia na obra Nós, Medeia, de Zemaria Pinto

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Duarte, Páscoa Maria Pereira
Orientador(a): Rebello, Lúcia Sá
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/239152
Resumo: Esta dissertação analisa o livro Nós, Medeia (2003), do escritor e dramaturgo amazonense Zemaria Pinto, dividido em três atos e em três planos temporais/espaciais: o mitológico, o medieval e o contemporâneo, cada um com sua própria Medeia. O primeiro equivale à história clássica, o segundo se passa em uma cela de Inquisição em algum lugar da Europa, e o terceiro é ambientado em um bar no que poderiam ser os “dias atuais”. No primeiro capítulo desta pesquisa, apresenta-se um levantamento literário-analítico de três tragédias: Medeia, de Eurípides, Medeia, de Sêneca e Gota D’água, de Chico Buarque e Paulo Pontes, delimitou-se a essas por sua relevância e notoriedade, sendo citadas pelo próprio autor da adaptação amazonense como referências importantes. No segundo capítulo, iniciam-se a leitura e a análise do objeto com a Medeia do plano mitológico, a partir de discussões sobre o mito, a tragédia e o feminino, com os construtos teóricos de Mircea Eliade (1969 e 1972), Jean-Pierre Vernant e Pierre Vidal-Naquet (2014), Patricia Easterling (1997), Olga Rinne (1992) e Judith Butler (1988 e 1990). No terceiro e último capítulo, analisam-se a Medeia do plano medieval e a Medeia do presente, fechando o embasamento teórico desta pesquisa com as noções de intertextualidade, a partir de Laurent Jenny (1979), Tânia Carvalhal (2003), Tiphaine Samoyault (2008) e Julia Kristeva (2012), e de adaptação, com Robert Stam (2006), Linda Hutcheon (2013) e Kamilla Elliott (2014), pela própria natureza da obra estudada.