Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Menna Barreto, Ana Lúcia V. |
Orientador(a): |
Wender, Maria Celeste Osório |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/88430
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Resumo: |
Introdução: O climatério é definido como a fase que compreende a transição entre o período reprodutivo e o não reprodutivo da vida da mulher. Durante esse período e, principalmente, no período pós-menopáusico as mulheres tendem a ganhar mais peso e modificar o padrão de distribuição de gordura corporal. Sabe-se que adipocinas liberadas pelo tecido adiposo, que têm ações diversas como função imunológica, cardiovascular, metabólica e endócrina, podem contribuir para o desenvolvimento de comorbidades, como aterosclerose e diabetes melitus tipo 2. Outras moléculas estão envolvidas nos processos metabólicos, como as moléculas de adesão celular (CAM), que já foram estudadas como preditoras de eventos cardiovasculares. Sabe-se ainda que na mulher pós-menopausa há uma relação inversa entre o exercício praticado regularmente e as principais causas de comorbidades. Objetivos: Analisar os sintomas vasomotores e sua associação com os níveis séricos de adipocinas( ADIPONECTINA E PAI- 1), moléculas de adesão (ICAM-1 e VCAM-1) e a relação com o estado nutricional em um grupo de mulheres peri e pós-menopáusicas atendidas no ambulatório de Climatério do Serviço de Ginecologia do HCPA. Métodos: Estudo transversal com 102 mulheres pré e pósmenopáusicas, com idade entre 40 e 65 anos, atendidas no Ambulatório de Climatério do Serviço de Ginecologia do HCPA. Todas participantes foram avaliadas quanto a massa corporal massa, estatura, circunferência da cintura IMC, circunferência da cintura, determinação de percentual de gordura através da mensuração das dobras cutâneas: triciptal, supra-ilíaca e coxa. Níveis séricos de colesterol total, HDL colesterol, LDL colesterol e triglicerídeos, glicose, adipocinas (ADIPONECTINA E PAI-1), moléculas de adesão (ICAM-1 e VCAM-1) foram investigados. Resultados: A média de idade foi 53,8 ± 5,4 anos, mediana de tempo de menopausa 48 (10-96) meses, e 68 (66,7 %) das mulheres estava na pósmenopausa. A avaliação antropométrica mostrou que 42 (41,2 %) delas tinham sobrepeso segundo Índice de masa corporal (IMC), e 51 (50,0 %) apresentaram risco cardiovascular muito elevado para circunferência de cintura, a média de % de massa gorda era de 33,3 ± 5,3 e 38 (37,25%) delas eram hipertensas. Os valores médios (± DP) dos exames laboratoriais foram: colesterol total de 214,4 (±42,3), glicose 91,9 (± 37,8), adiponectina 22,5 (± 11,8), PAI-1 284,9 (± 134,1), ICAM 1 457,0 (± 210,6) e VCAM 1 202,0 (± 61,3). Em relação aos sintomas, 76 (74,5%) delas tinham fogachos, 45 (44,1 %) depressão leve a moderada segundo escore de Beck, e 79 (77,5 %) tinham insônia conforme escore de Pisttburg (PSQI). Setenta e três das pacientes (71,6 %) foram classificadas como ativas segundo escore de atividade física IPAQ. Não foi observada relação estatisticamente significativa entre os níveis de adipocinas ou moléculas de adesão e fogachos. A adiponectina foi negativamente e inversamente associada com o IMC. Houve uma correlação inversa estatisticamente significativa entre idade e intensidade dos fogachos. Conclusão: As alterações em vários parâmetros estudados como a presença de sobrepeso/obesidade, circunferência de cintura e % de massa gorda aumentados e hipercolesterolemia contribuem para um maior risco de doença cardiovascular nesta amostra de mulheres peri e pós-menopáusicas, apesar de não termos encontrado correlação entre os fogachos e adipocinas ou moléculas de adesão. |