Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2011 |
Autor(a) principal: |
Kasper, Angela Cristina |
Orientador(a): |
Veit, Hugo Marcelo |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/28926
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Resumo: |
A popularização da telefonia móvel, aliada à crescente evolução tecnológica com novos produtos e serviços cada vez mais sofisticados, faz com que consumidores troquem seus aparelhos de telefones celulares antigos por modelos menores, mais leves e, mais modernos. Em conseqüência, uma infinidade de sucatas e aparelhos obsoletos é descartada a cada ano, ocasionando perdas econômicas e poluição ambiental. Neste trabalho as sucatas de aparelhos de telefones celulares foram caracterizadas, visando a reciclagem de alguns dos seus componentes, através do uso de técnicas de processamento mecânico, hidrometalurgia e eletrometalurgia. Os aparelhos de telefones celulares obsoletos ou defeituosos foram coletados em lojas de assistência técnica. Estes aparelhos foram desmontados e suas unidades básicas foram caracterizadas. A maior parte dos aparelhos descartados tinha a sua carcaça constituída por uma mistura de PC/ABS (policarbonato/acrilonitrila-butadieno-estireno), material passível de reciclagem mecânica. Já a fração não condutora das placas de circuito impresso (PCI’s) contém as resinas Epóxi e Poliéster, além de inorgânicos (fibra de vidro e cerâmicos), não passiveis de reciclagem mecânica, mas passíveis de terem um percentual (5%) incorporado como carga na reciclagem das carcaças. Ensaios físico-mecânicos realizados em corpos de prova obtidos do material reciclado comprovaram tanto a possibilidade de reciclagem das carcaças poliméricas, quanto a incorporação do percentual da fração não condutora das PCI’s como carga na reciclagem das carcaças. Com relação aos metais, o uso de técnicas de processamento mecânico (moagem, classificação granulométrica, separação magnética e eletrostática) mostrou-se uma alternativa eficiente para obtenção de uma fração concentrada (principalmente ferro na fração magnética e cobre na fração condutora) e outra fração contendo polímeros e cerâmicos. O uso destas técnicas mostrou-se ineficiente na concentração alguns metais, como ouro e prata. Ao final do processamento mecânico foi possível obter frações concentradas de metais com uma concentração média de mais de 60% de cobre. Esta fração concentrada em metais foi dissolvida em água régia e realizada a eletro-obtenção, através da qual foi possível recuperar mais de 92 % do cobre dissolvido. Os cátodos obtidos possuíam teores de cobre acima de 95%, o que demonstra a viabilidade técnica da recuperação de cobre utilizando técnicas de processamento mecânico, hidrometalurgia e eletrometalurgia. Na lixiviação de ouro e prata utilizando um lixiviante alternativo, tiossulfato em meio amoniacal, os resultados obtidos não foram considerados satisfatórios, pois foram obtidos percentuais de recuperação de no máximo 30% para ouro e 17% para prata, demonstrando que a técnica deve ser melhor estudada. |