Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Schneider, Raquel de Almeida |
Orientador(a): |
Passos, Eduardo Pandolfi |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/219079
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Resumo: |
Introdução. A perda gestacional recorrente (PGR) está associada à morbidade física e psicológica grave, para a qual, quando se excluem causas anatômicas e genéticas, não há opções de tratamento. A fisiopatologia envolve a deficiência nas capacidades de proliferação e migração das células do estroma endometrial (hESCs), prejudicando a implantação e o desenvolvimento do embrião. Por isso, encontrar novas moléculas citoprotetoras capazes de estimular a proliferação de hESCs pode ser interessante. Uma vez que os venenos de animais são fontes ricas em moléculas bioativas, neste trabalho objetivamos caracterizar os efeitos citoprotetores do veneno da Lonomia obliqua em hESCs. Metodologia. hESCs foram isoladas de biópsias endometriais humanas frescas e caracterizadas de acordo com protocolos padrão. Em seguida, os efeitos das secreções venenosas de L. obliqua sobre a viabilidade, proliferação e migração celular foram determinados. Os componentes do veneno envolvidos nos efeitos de proliferação celular também foram identificados por métodos cromatográficos clássicos e análises proteômicas. Resultados. O veneno de L. obliqua induz a proliferação, viabilidade e migração de hESC de uma maneira dependente da dose, tanto na presença como nas condições de privação de soro. Por cromatografia de troca iônica foi obtida uma fração enriquecida em componentes citoprotetores desprovidos de efeito hemotóxico. A análise proteômica do veneno identificou pelo menos seis classes de proteínas com propriedades citoprotetoras potenciais (hemolinas, lipocalinas, hemocianinas, proteínas antivirais, peptídeos antimicrobianos e inibidores de protease). O mecanismo envolvido na citoproteção parece estar relacionado à regulação negativa da geração do ânion superóxido, aumento das enzimas antioxidantes, produção de óxido nítrico e ativação de vias de proliferação dependentes de ERK. 8 Conclusões. A viabilidade, proliferação e migração de hESC induzidas por veneno de L. obliqua ocorreram principalmente por proteção contra dano oxidativo e ativação da via dependente de ERK. Assim, esta é uma ferramenta farmacológica promissora para compreender os mecanismos subjacentes da deficiência de hESC em PGR. |