Petrogênese da camada de cromitito maciço do Complexo Jacurici, Bahia, Brasil : evidências de inclusões em cromita

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Friedrich, Betina Maria
Orientador(a): Marques, Juliana Charão
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/189051
Resumo: O Complexo Jacurici abriga o maior depósito de cromo no Brasil, representado por uma camada de cromitito de até 8 m de espessura em uma intrusão de 300 m de espessura tectonicamente segmentada. O minério foi interpretado como resultado de cristalização causada contaminação crustal em um conduto magmático. Este estudo aborda as relações estratigráficas, mineralógicas e texturais, assim como a química mineral do Segmento Monte Alegre Sul, com foco nas inclusões hospedadas em cromita da Camada de Cromitito Principal, com objetivo de aprofundar o conhecimento acerca do papel dos voláteis na gênese do cromitito maciço. Inclusões de silicatos (enstatita, flogopita, magnesiohornblenda, diopsídio e olivina) são comumente monominerálicas e sub- a euédricas, e suas composições sugerem que elas cristalizaram antes ou contemporaneamente ao estágio principal de cristalização da cromita. As inclusões de carbonato (dolomita e magnesita) tem formas irregulares ou de cristal negativo, sugerindo aprisionamento como gotas de magma carbonático. Inclusões de sulfeto (pentlandita, millerita, heazlewoodita, polidimita, pirita e calcopirita) são frequentemente poliminerálicos, com formas irregulares ou hexagonais, sugerindo aprisionamento na forma de melt e monosulfide solid solution. Coletivamente, essas inclusões indicam um magma residente saturado em H2O e S, contendo gotículas imiscíveis de carbonato durante a cristalização da cromita. Cristais de cromita com e sem inclusões ocorrem juntos, apresentam química semelhante e são considerados formadas a partir do mesmo magma em resposta a variações no grau de saturação de Cr. O magma primitivo pode ter aquecido e introduzido CO2 e provavelmente água das rochas carbonáticas encaixantes desvolatilizadas e assimiladas, aumentando a fO2 e desencadeando a cristalização da cromita. Propõe-se um modelo no qual o intervalo basal seja o resultado da cristalização in situ com material adicionado por deslizamentos de lama cromitífera remobilizada localmente, processo facilitado pela presença de voláteis.