Self-talk and self-regulation of high-performance young tennis players in training and competition

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Freitas, Marcela Gonçalves
Orientador(a): Leonardi, Thiago José
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: eng
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/265291
Resumo: Atualmente, a autofala é uma das estratégias de autorregulação mais amplamente reconhecida e utilizada por atletas e treinadores no campo da Psicologia do Esporte. O presente estudo tem como objetivo geral descrever a autofala e os gestos observáveis e não-observáveis (autorrelatados) de jovens tenistas de alto rendimento nos contextos de treino e competição. Especificamente, a presente investigação tem como objetivos principais: (1) Identificar e comparar a autofala observável utilizada por tenistas em contextos de treino e competição; (2) Descrever e comparar as percepções que os tenistas têm sobre a sua autofala (autorrelatada) em contextos de treino e competição; (3) Categorizar as perceções que os tenistas têm sobre a sua autofala e os seus gestos em ambos os contextos; e (4) Verificar o nível de autopercepção que os tenistas têm sobre a sua autofala, comparando dados coletados de observações e entrevistas. Ressalta-se que um objetivo que não havia sido estabelecido e que emergiu a partir da coleta de dados com os tenistas foi avaliar a relação entre a autofala autorreferida dos tenistas e seus processos afetivos. Uma abordagem de método misto foi realizada em quatro etapas: estudo piloto, coleta de dados em um torneio internacional de tênis, coleta de dados em sessões de treinamento dos participantes e entrevista semiestruturada com cada um dos tenistas. Os dados quantitativos foram analisados por meio de estatística descritiva, análise de variância (ANOVA) e análise de cluster. Os dados qualitativos foram analisados por meio da Análise Temática. No Estudo I, uma pesquisa mista foi desenvolvida para comparar a autofala dos tenistas em uma competição e em sessões de treinamento e a autofala dos tenistas em entrevistas, com foco principal na relação entre a autofala e a idade dos participantes e o contexto em que é utilizada. No Estudo II, foi proposta uma Análise Temática dedutiva a partir das falas dos participantes das entrevistas, com o objetivo de identificar padrões na autofala e nos gestos de jovens tenistas em treinamento e competição. Concluímos que, embora a literatura sobre a autofala já apresente investigações empíricas em diferentes modalidades esportivas e alguns possíveis modelos teóricos, ainda há um vasto campo a ser percorrido pela pesquisa, tal como as características da autofala na infância e adolescência e os diferentes níveis de percepção que os indivíduos, principalmente os jovens, têm de seu diálogo interno. Apresentamos dados e hipóteses iniciais sobre as nuances da autofala e da autopercepção de tenistas de 11 a 17 anos e avançamos na descrição de como esses participantes conversam consigo mesmos em treinos e competições. Através do Estudo I, concluímos que os tenistas têm uma diferença significativa em sua autofala nos treinos e competições, principalmente no aspecto quantitativo, mas também no qualitativo, e que os tenistas mais jovens têm menos consciência sobre como falam consigo mesmos em esses contextos. A partir do Estudo II, ampliamos o resultado que já havia sido descrito no Estudo I em relação à categorização das categorias de autofala mais utilizadas em competição e treinamento, ressaltando, novamente, que os tenistas utilizam de forma mais significativa essa estratégia de autorregulação no primeiro contexto. Por fim, reforçamos a importância de realizar investigações sobre a autofala de crianças e adolescentes tenistas em outras culturas, bem como investigações sobre o diálogo interno de treinadores em treinamentos e intervenções que desenvolvam a capacidade metacognitiva de jovens atletas.