Composição química de taninos vegetais, curtimento e propriedades nos couros

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Auad, Priscila
Orientador(a): Gutterres, Mariliz
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/185808
Resumo: O Brasil é o país que possui o maior rebanho bovino comercial do mundo, e o balanço de exportações de couro vem demonstrando ascensão no número de metros quadrados de couros exportados. No processo produtivo, a etapa de curtimento é de extrema importância para transformar a pele bovina em couros, tornando-a resistente ao ataque de microorganismos, além de conferir enchimento e garantir maior estabilidade hidrotérmica do material. O crescente apelo ambiental pela utilização de materiais renováveis na indústria levou aos taninos vegetais desempenharem papéis importantes como compostos curtentes na indústria coureira. Os taninos são estruturas fenólicas complexas, existindo uma quantidade considerável de parâmetros químicos que podem ser mensurados através de diversas técnicas analíticas. Por outro lado, para os couros, também existem ensaios empregados no produto final, cujo desempenho pode depender do material curtente utilizado. No presente estudo, foram empregados cinco tipos de taninos de maior uso na indústria coureira para avaliação de parâmetros químicos e posterior associação com propriedades nos couros: tanino de acácia, quebracho, castanheiro, mirabolano e tara. Inicialmente, foi realizada uma revisão bibliográfica, a fim de determinar propriedades químicas de maior relevância a serem mensuradas nos taninos no contexto de sua utilização como agentes curtentes. Nesse sentido, elencaram-se os ensaios de determinação de tanantes totais, não-tanantes, sólidos insolúveis, sólidos solúveis, sólidos totais, fenóis totais e massa molecular média para os taninos. Os parâmetros de percentual de sólidos insolúveis, sólidos solúveis não-tanantes e tanantes totais distinguiram bem os grupos de taninos que atravessaram dos que não atravessaram o couro. Assim, pela análise de insolúveis ser a mais simples e direta delas, recomendar-se-ia o seu uso para definir uma faixa de corte para distinguir o desempenho dos taninos no curtimento. A análise de FTIR-UATR foi útil na caracterização e distinção dos taninos nas famílias dos hidrolisáveis e condensados. Os ensaios de temperatura de retração e distensão da flor nos couros também mostraram associação com o atravessamento dos taninos nas peles durante o curtimento. Por fim, a diferença total de cor após exposição à luz UV também foi avaliada para os couros curtidos com os taninos vegetais, sendo que os taninos hidrolisáveis apresentaram uma menor diferença de cor em relação aos condensados.