Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Oliveira, Renata Schlesner de |
Orientador(a): |
Rodrigues, Jonas de Almeida |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/150283
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Resumo: |
O objetivo geral desta pesquisa foi avaliar estratégias de treinamento para a utilização do ICDAS, bem como, as técnicas de padrão-ouro utilizadas para validação dos métodos de detecção de lesões de cárie em superfícies oclusais. Para isso, dois estudos foram conduzidos. O primeiro estudo teve como objetivos: (1) avaliar o desempenho de estudantes de odontologia na detecção in vitro de lesões de cárie em superfícies oclusais utilizando o ICDAS após diferentes estratégias de treinamento e (2) avaliar a influência do treinamento de estudantes de odontologia através de um objeto digital de aprendizagem no desempenho em detectar in vitro lesões de cárie em superfícies oclusais utilizando o ICDAS. Já o segundo estudo teve como objetivo avaliar a influência do treinamento do examinador na reprodutibilidade de duas técnicas de padrão-ouro utilizadas para validação de cárie oclusal de acordo com três critérios de classificação histológica. Para o primeiro estudo, sessenta e quatro estudantes de odontologia que não tinham experiência em detecção de cárie através do ICDAS foram selecionados. Inicialmente, estes estudantes realizaram exames in vitro de 80 dentes permanentes para detecção de lesões de cárie em superfícies oclusais de acordo com o ICDAS utilizando apenas uma tabela com a descrição dos sete escores deste sistema. Todos os participantes foram aleatoriamente alocados em três grupos de acordo com a estratégia de treinamento para detecção de lesões de cárie utilizando o ICDAS: G1 (n= 21): e-learning do ICDAS; G2 (n= 22): e-learning do ICDAS + objeto digital de aprendizagem (ODA) sobre o ICDAS; G3 (n=21): nenhuma estratégia de treinamento (controle). Duas semanas depois, os alunos pertencentes ao G1 e G2 foram treinados de acordo com o grupo alocado. Transcorridas duas semanas deste treinamento, todos os participantes reavaliaram os dentes de acordo com o ICDAS. Os dentes foram preparados para validação histológica, na qual foi realizada a avaliação da extensão das lesões de cárie. Os resultados mostraram que na comparação nos grupos entre antes e depois da estratégia de treinamento foram encontrados valores significantemente maiores de sensibilidade e especificidade para G1 e G2, de sensibilidade para o G3 (no ponto de corte D2) e na área abaixo da curva ROC para G2. Na comparação entre os grupos em cada ponto de corte, o G1 apresentou especificidade maior no ponto de corte D3 que os outros dois grupos. Já a sensibilidade do G1 no ponto de corte D2 foi inferior ao G2 e G3. No segundo estudo foi selecionada uma amostra de 210 imagens digitais (105 de hemissecções dentárias sem corante e 105 com corante) de 105 dentes permanentes, além de uma amostra de seis cirurgiões-dentistas (três examinadores treinados para avaliação histológica de hemissecções dentárias e três examinadores da área odontológica, porém sem treinamento para avaliação histológica). Cada uma das 105 imagens digitais com corante e 105 sem corante foi avaliada em um monitor de computador pelos seis examinadores e classificadas de acordo com três critérios de classificação histológica. Cada uma das avaliações foi repetida pelos participantes para que a reprodutibilidade pudesse ser calculada. Assim, 12 exames independentes foram realizados, com um intervalo de 24 horas entre cada um. Para a análise dos dados, os seis participantes foram divididos em dois grupos: G1: examinadores treinados para avaliação histológica e G2: examinadores sem treinamento para avaliação histológica. Nos resultados, a média dos valores de reprodutibilidade intraexaminador no G1 foram superiores ao G2 em todas as variáveis. A reprodutibilidade intraexaminador foi menor para a técnica sem corante em ambos os grupos. Os valores médios de reprodutibilidade interexaminador no G1 variaram de 0,60 a 0,68 e no G2, os valores variaram de 0,34 a 0,69. Os resultados mostraram diferença estatisticamente significante entre as avaliações dos examinadores treinados e sem treinamento em 29,6% dos casos. Com base nos resultados obtidos no primeiro estudo, pode-se concluir que houve uma melhora no desempenho dos estudantes em detectar in vitro lesões de cárie em superfícies oclusais após ambas as estratégias de treinamento, em especial, quando o elearning foi associado ao ODA, visto que melhorou a relação entre sensibilidade e especificidade, além de contribuir no desempenho dos estudantes na detecção de lesões de cárie em todos os pontos de corte avaliados. A partir dos resultados do segundo estudo, concluiu-se que: (1) o treinamento do examinador parece influenciar na reprodutibilidade das duas técnicas de padrão- ouro estudadas; (2) a reprodutibilidade tende a ser menor quando se faz uso da técnica de padrão-ouro sem corante, independentemente do treinamento do examinador e (3) o critério de classificação histológica não parece ter influência na reprodutibilidade. |