Filmes ativos à base de acetato de celulose com adição de licopeno, norbixina ou zeaxantina

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Assis, Renato Queiroz
Orientador(a): Olivera, Florencia Cladera
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/224877
Resumo: O desenvolvimento de filmes a partir de diferentes biopolímeros vem sendo estudado para substituir ou diminuir o uso de polímeros sintéticos e embalagens plásticas convencionais, associado ao interesse de aumentar a estabilidade dos alimentos a partir da adição de compostos bioativos à matriz polimérica. Nesse contexto, o acetato de celulose foi utilizado para produzir filmes ativos com diferentes carotenoides (licopeno, norbixina e zeaxantina). Os filmes foram obtidos a partir da técnica de casting e avaliou-se a influência da incorporação de diferentes concentrações dos carotenoides (0,03%; 0,05% e 0,1% em relação ao peso do polímero seco) em suas propriedades. Independente do pigmento adicionado os filmes apresentaram espessura média de 0,0405 mm, com aspecto visual uniforme, flexível e cor variando entre amarelo e laranja. As concentrações de 0,05% e 0,1% de licopeno ou zeaxantina modificaram as propriedades mecânicas (aumento da resistência à tração e alongamento na ruptura) e conferiu maior barreira ao vapor de água. Este comportamento foi associado ao efeito plastificante à matriz polimérica e caráter hidrofóbico destes dois carotenoides, quando comparados à adição de norbixina. Contudo, a adição de 0,1% de todos os carotenoides proporcionou filmes com maior intensidade de cor, opacidade e barreira à transmissão de luz. Assim, a maior concentração (0,1%) para os três carotenoides foi a selecionada para a caracterização dos filmes. O efeito plastificante do licopeno e da zeaxantina à matriz polimérica também foi observado através da mudança da temperatura de transição vítrea (Tg). Além disso, todos os filmes ativos aumentaram a estabilidade oxidativa do óleo de girassol armazenado sob condições aceleradas para degradação, com destaque para a adição de norbixina que mostrou menor velocidade para a formação de produtos primários e secundários de oxidação. Os resultados obtidos mostraram que as condições de armazenamento (luz e temperatura) podem influenciar nos parâmetros cinéticos e de estabilidade dos antioxidantes naturais, assim como nas propriedades dos filmes. A estabilidade entre os carotenoides se deu na seguinte ordem: norbixina > licopeno > zeaxantina. A difusão dos antioxidantes para o simulante de alimentos (etanol 95%) foi modificada de acordo com a temperatura avaliada (25 ºC e 40 ºC), com liberação rápida e sustentada durante 10 dias em ambos os tratamentos. A elevada intensidade de cor dos filmes proporcionou maior barreira à fotodegradação e melhor estabilidade da riboflavina (vitamina B2) quando armazenada sob alta intensidade de luz. O uso de acetato de celulose como polímero e a adição de carotenoides possibilitaram a obtenção de embalagens biodegradáveis ativas com potencial aplicação para aumentar a vida útil de alimentos susceptíveis às reações de degradação induzidas por diferentes fatores.