Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Ramos, Guilherme Gastal de Castro |
Orientador(a): |
Silva, Tatiana Silva da |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/202037
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Resumo: |
O Lago Guaíba, localizado próximo à Região Metropolitana de Porto Alegre, no estado do Rio Grande do Sul, tem importante ligação cultural com a região e é o principal manancial para os municípios próximos. Além disso, permite a ligação portuária da capital gaúcha com o Oceano Atlântico. No passado recente, o sedimento de fundo foi explorado para fornecimento de areia ao mercado de construção civil da região. No entanto, a atividade de mineração foi paralisada após denúncias de danos ambientais e questionamento legal da competência dos municípios próximos para emissão de autorizações para mineração. Após extensas discussões técnicas e judiciais, a retomada da mineração ficou condicionada ao prévio zoneamento do Lago Guaíba. O presente estudo visa contribuir à proposição deste zoneamento, ao gerar um banco de dados em Sistema de Informações Geográficas (SIG) reunindo informações sobre o Lago Guaíba e, posteriormente, utilizando os modelos ecossistêmicos InVEST - Integrated Valuation of Ecosystem Services and Tradeoffs elaborar um mapa de importância de atividades desenvolvidas no Guaíba com base ecossistêmica e propor a modelagem de 3 cenários distintos de zoneamento do Lago para a atividade de mineração de areia. Os diferentes cenários consideraram de forma mais ou menos restritiva aspectos físicos e ambientais do lago como a granulometria do sedimento de fundo, presença de esporões e a distribuição espacial das atividades humanas atualmente desenvolvidas. No entanto, todos os cenários levaram em consideração restrições básicas à mineração, como o distanciamento das margens, um raio de proteção dos pontos de captação de água bruta, o canal de navegação, as rotas de transporte de passageiros, as áreas ocupadas por estruturas de saneamento e a Área de Preservação Ambiental do Delta do Jacuí. Estas restrições básicas ocupam 25,26 km², o equivalente a 4,9% da área de estudo. No Guaíba os pontos que notadamente atraem atividades humanas são pontos como balneários, os cais de navegação comercial, os terminais de transporte de passageiros, as colônias de pescadores, as marinas e clubes náuticos, os pontos considerados como relevantes para pesca e pontos turísticos. Estes pontos foram inseridos no modelo na forma de Hotspots. Para avaliação da sobreposição de usos, obteve-se mapas de Frequência de Sobreposição de Uso e de Índice de Importância da Sobreposição. Frente aos cenários desenvolvidos, as áreas sem restrições e com menores graus de importância para as outras atividades humanas foram consideradas mais aptas para a atividade de mineração. O Cenário A, ou Conservacionista, apresentou 390,6 km² de restrição à mineração, ou seja, 76% da área de estudo. O Cenário B, Desenvolvimentista, resultou em 144,08 km² de restrição à mineração, ou seja, 28% da área de estudo. E, por fim, o Cenário C, de Gestão, resultou em 257,55 km² de restrição à mineração, ou seja, 50,1% da área de estudo. Os resultados gerados apresentam de forma integrada os principais aspectos a serem observados na proposição de um zoneamento da mineração para o Lago Guaíba, subsidiando o processo de tomada de decisão ao oferecer respostas de maneira flexível, ou seja, na forma de cenários possíveis, ao invés das tradicionais proposições no formato hard mapping. |