Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2007 |
Autor(a) principal: |
Nardi, Fabiele Stockmans de |
Orientador(a): |
Ferreira, Maria Cristina Leandro |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Espanhol: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/13114
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Resumo: |
Este trabalho pretende contribuir para as reflexões acerca do ensino de segunda língua dentro da perspectiva instaurada pela Análise do Discurso. Visamos, a partir da análise de livros didáticos usados para o ensino de língua espanhola no Brasil, discutir as concepções de língua, cultura e ensino vigentes nesses métodos, bem como as imagens de professor e aluno construídas pelos discursos que os atravessam. Pretendemos, com isso, reafirmar o lugar da Análise do Discurso enquanto espaço de ressignificação dessas práticas, colocando em causa as noções de ideologia, cultura e identidade nas reflexões sobre o ensino de segunda língua. Para tanto, inicialmente propomos uma discussão sobre diferentes concepções de língua, trabalho que fazemos olhando, especialmente, para as contribuições de Saussure, Chomsky, Bakhtin e Pêcheux. Assumindo o espaço do discurso como o lugar teórico a partir do qual falaremos, procuramos mostrar os deslocamentos sofridos pela noção de língua enquanto materialidade dos discursos. Nosso olhar, nesse ponto, recai especialmente sobre a noção de real da língua, que nos permite pensar sua incompletude. Ocupamo-nos, em seguida, da noção de cultura, e trabalhando sobre as contradições que envolvem sua definição, procuramos mostrar como a cultura também está afetada pelo real enquanto espaço do não-todo. Ao trabalhar a relação entre sujeito, língua e cultura, mostramos seu papel na construção dos processos identitários e propomos olhar para a cultura enquanto espaço simbólico, lugar de interpretação. Ao discutir a relação entre a cultura e o ensino de segunda língua, analisamos, ainda, os efeitos do estereótipo sobre o olhar dos sujeitos para a cultura do outro. No terceiro capítulo deste trabalho apresentamos as análises dos livros didáticos, apontando aqueles dizeres que, pela sua recorrência, acabam por determinar os espaços de professor e aluno na sala de aula de língua estrangeira, os quais são levados a agir de acordo com as instruções que lhes são dadas pelo livro didático. Nessa análise, vêm à tona, ainda, as noções de competência e o desejo do todo que permeia essas obras. Por fim, propomos um olhar para o papel da Análise do Discurso na formação de professores de segunda língua e para a literatura como um espaço de acolhimento na/pela língua para o sujeito, procurando colocar em causa a complexidade da relação entre o sujeito e a língua do outro, espaço de necessárias reacomodações identitárias. |