O corpo como propaganda eleitoral: a linguagem corporal de Jair Bolsonaro (Brasil) e Pedro Pablo Kuczsynki (Peru)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Davila, Gabriela Milagros Pacheco
Orientador(a): Rosário, Nísia Martins do
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/212480
Resumo: Esta dissertação analisa o uso da linguagem corporal não verbal por meio da semiótica da cultura na composição de comunicações audiovisuais dos presidenciáveis do Peru, Pedro Pablo Kuczynski (2016) e do Brasil, Jair Bolsonaro (2018). Define-se como objeto de análise vídeos de divulgação e debate durante a última campanha eleitoral. Uma das orientações do aporte teórico está direcionada à semiótica da cultura, tendo como base Yuri Lotman (1978; 1981; 1990; 1996; 1999), Irene Machado (2003; 2007) e Nísia Martins do Rosário (2014; 2018). Complementam a pesquisa conceitos teóricos que estão relacionados à imagem pública, segundo as perspectivas de Maria Helena Weber (2006; 2007; 2008; 2009), Rudimar Baldissera (2004; 2006), bem como a visibilidade de Eric Landowski (1992) e o carisma de Max Weber (1999). No aspecto audiovisual, Elizabeth Bastos Duarte (2000; 2004; 2006; 2007) e Arlindo Machado (2000) contribuem com conceitos como composição da imagem, (planos, ângulos, iluminação), além da perspectiva audiovisual e técnica dos dois cenários escolhidos. Por fim, o corpo, eixo principal da pesquisa. Destacam-se argumentações de Nísia Martins do Rosário (2019), Nízia Villaça e Fred Goés (1998), Pierre Guiraud (1991), Flora Davis (1979) e Desmond Morris (1974) sobre a linguagem do corpo em relação aos seus aspectos não verbais, como posturas, gestos, expressões faciais, características étnicas, vestimenta, maquiagem, adereços, usos das espacialidades numa vinculação importante com a comunicação e com os processos de significação. A metodologia utilizada é qualitativa com procedimento metodológico de análise de imagens, com inspiração na semiótica da cultura. Nesse âmbito, entende-se a produção midiática sobre a disputa eleitoral como uma semiosfera com características próprias. Sua observação e análise construída na relação com a linguagem do corpo permitem identificar os modos de comunicação não verbal dos candidatos. Para isso, é necessário considerar os sistemas modelizantes inseridos nessa semiosfera, que permitem averiguar as regularidades e, ao mesmo tempo, as singularidades que se manifestaram em textos audiovisuais com a presença dos candidatos. Textos que são construídos a partir de uma previsibilidade de comportamento esperado de políticos em época de eleição, como também por singularidades que deixam escapar sentidos não hegemônicos.