Linguagem, transferência, clínica: as relações entre o saber e o fazer na clínica dos distúrbios de linguagem

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Dalpiaz, Sonia Luzia
Orientador(a): Flores, Valdir do Nascimento
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/180943
Resumo: Nesta tese, são colocadas em pauta as relações entre o saber e o fazer, com base em interrogantes da atuação no campo da clínica dos distúrbios de linguagem. Como a transferência e a linguagem se articulam nas relações que acontecem no interior dessa clínica, elas constituem sua questão norteadora. A partir desta, são problematizadas as relações entre o terapeuta e seu paciente, o terapeuta e os pais (no caso da infância), o terapeuta e outros profissionais, o terapeuta e seu fazer. Inicia-se a discussão com o estudo da História da clínica, para situar-se, nos dias de hoje, como se configuram noções como normal/patológico e sintoma na clínica fonoaudiológica e contextualizar a clínica dos distúrbios de linguagem. Parte-se, em seguida, em direção a dois referenciais teóricos que sustentam a tese: o primeiro tem origem na psicanálise freudo-lacaniana, abordada a partir, principalmente, da noção de transferência, a qual, juntamente com suas derivações, é “traduzida” para o campo da clínica dos distúrbios de linguagem com a função de inaugurar, constituir e sustentar as relações que se constroem nessa clínica. Prossegue-se apoiando-se na Linguística, em especial nos estudos sobre a enunciação de Émile Benveniste, como forma de compreender os movimentos entre eu, tu e ele que se dão a cada ato de enunciação. Tendo à disposição o conjunto dessas reflexões, passa-se a fazer os cruzamentos entre o que a prática clínica interroga e o que faz eco, a partir das leituras realizadas. Ao final da tese, conclui-se que as relações entre o saber e o fazer na clínica dos distúrbios de linguagem são pautadas, o tempo todo, pelos movimentos que acontecem entre linguagem, transferência e clínica, a cada ato de enunciação que ali se apresenta.