A madre fundadora e os livros : santidade e cultura escrita no "siglo de oro" espanhol

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Santos, Luciana Lopes dos
Orientador(a): Neumann, Eduardo Santos
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/69787
Resumo: Esta tese tem como assunto as mudanças nas concepções sobre a santidade no início da Idade Moderna e como os depoimentos dos Processos de Beatificação de Teresa de Jesus (que viveu entre 1515 e 1582, mas cujos inquéritos foram realizados entre 1590 e 1610) foram importantes e, de certa forma, canalizaram a construção de conhecimento a respeito de sua figura. A investigação tem três objetivos principais: observar os Processos de Beatificação e Canonização de Santa Teresa de Jesus como uma fonte para a História Social da Cultura Escrita, apresentando tal documento a partir de suas características materiais e de sua relação com os personagens que o construíram; compreender a circulação dos escritos de Santa Teresa entre as irmãs carmelitas descalças, a importância destas primeiras leitoras para a difusão das obras teresianas e como principais testemunhas dos processos; investigar a relação entre os escritos teresianos e a memória da escritora, considerando a ligação com os letrados, o incentivo dado pela Madre à cultura escrita nos novos conventos e as disputas por sua memória no seio da Ordem do Carmelo Descalço. A pesquisa foi realizada a partir da análise de fontes originais e de algumas cópias dos processos que precederam a canonização de Santa Teresa, assim como de fontes bibliográficas diversas. Teresa de Jesus teve sua santidade reconhecida, principalmente, por seus escritos. Talvez mais do que os milagres descritos nas fontes, as obras teresianas foram utilizadas como prova de sua santidade e, portanto, determinantes para que a canonização fosse aceita pela Igreja Católica.