O dispositivo bicha : gênero e sexualidade como técnicas de controle prisional

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Passos, Amilton Gustavo da Silva
Orientador(a): Seffner, Fernando
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/211712
Resumo: A pauta das pessoas LGBT em privação de liberdade é emergente e urgente. O Brasil segue uma tendência latino-americana de reserva de espaços destinados à custódia de travestis, mulheres transexuais e homens cisgênero gays nas prisões masculinas. Esse tipo de prática instaura uma série de regularidades no cotidiano prisional que tomam parâmetros de gênero e sexualidade como orientadores. A partir da análise de narrativas produzidas por travestis, mulheres transexuais, gays e seus maridos na Cadeia Pública de Porto Alegre, Rio Grande do Sul, além dos brigadianos responsáveis pela administração da unidade prisional, bem como registros de cenas vividas no dia-a-dia da prisão, este trabalho buscou discutir como gênero e sexualidade foram operacionalizados na formação de um amplo e complexo sistema de controle. O nexo estabelecido entre os elementos discursivos, as práticas, as relações de poder, os corpos, até mesmo a configuração interna da prisão, deram origem ao dispositivo bicha, um método particular de regulação, individual e populacional, desenhado a partir das especificidades dessa população nas prisões.