Capital social cultura e socialização política : a juventude brasileira

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2003
Autor(a) principal: Nazzari, Rosana Katia
Orientador(a): Baquero, Marcello
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/198338
Resumo: O estudo investiga a socialização política e capital social dos jovens brasileiros no início do século XXI, no contexto do debate sobre a consolidação democrática no Brasil. Com base em relevantes investigações de cunho nacional e internacional, estabeleceu-se referenciais teóricos relacionados a socialização, cultura política e capital social necessários para a compreensão da formação do perfil juvenil em termos de elementos que favorecem à democracia. Nas análises, são enfocados aspectos importantes da sociedade e do Estado brasileiros na tentativa de contextualizar os dados obtidos na pesquisa empírica. A juventude é retratada como uma construção histórica e social, e seu perfil é traçado por meio dos impactos conjunturais desencadeados pelo processo de globalização e, também, por impactos estruturais tendo em vista a cultura política híbrida de autoritarismo e democracia na sociedade brasileira. O survey aplicado no ano de 2002 nas cidades de Curitiba e Cascavel no Estado do Parana permite o cruzamento com dados de pesquisas de instituições reconhecidas no meio científico brasileiro e internacional. As respostas de 2.119 estudantes do ensino fundamental (básico e médio), das escolas públicas e privadas, forneceram os dados para delinear os aspectos centrais do processo de socialização política no Brasil, tendo em vista o incentivo das instituições em promover o capital social entre os jovens brasileiros. Por meio de variáveis como confiança, cooperação e participação, observa-se que são baixos os índices de capital social entre os jovens brasileiros, tendo em vista as deficiências das agências socializadoras como a escola, mídia, igrejas e associações comunitárias, entre outras, no sentido de incentivar comportamentos cooperativos e promover a prática dos jovens na afiliação em associações voluntárias. Com exceção da família, as demais agências de socialização política apresentaram limitações na promoção da construção de um senso de responsabilidade cívica e fortalecimento das redes de capital social entre os jovens brasileiros. Um maior grau de socialização política, permitiria uma relação mais favorável entre capital social e democracia.