Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
Luz, Lidiane Fernandes da |
Orientador(a): |
Kubo, Rumi Regina |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/72251
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Resumo: |
O Litoral Norte do Rio Grande do Sul caracteriza-se por ser uma região diversificada ecológica e culturalmente, relacionada à formação Mata Atlântica, sobreposta à presença de diferentes etnias e grupos sociais com seus saberes e práticas. Diversas organizações estão atuando nessa região no que se refere, principalmente, a encontrar alternativas de renda que possam ser compatíveis com as normas estabelecidas para a conservação da Mata Atlântica e a viabilização das práticas dos agricultores. Essas organizações (associações, cooperativas, organizações não-governamentais e governamentais) estabeleceram um espaço de diálogo acerca dos produtos da agricultura familiar, que neste trabalho foram denominados de produtos da agrobiodiversidade. Sendo assim, este trabalho tem como objetivo geral analisar como diferentes atores sociais atuantes no Litoral Norte estão criando espaços de diálogo para viabilizar a produção de alimentos provenientes da agrobiodiversidade. Este objetivo geral contempla as prioridades desta pesquisa, que são: apontar as organizações que estão tratando desse tema, as relações que estabelecem entre si, o processo de diálogo que estão criando e o que está sendo debatido neste contexto. Os espaços de diálogo criados por estas organizações atuando em rede foram discutidos através da abordagem das comunidades de práticas, por caracterizarem-se enquanto ambientes de aprendizagem coletiva e construção de conhecimento. As complexas relações estabelecidas entre as organizações que atuam no espaço de diálogo sobre agrobiodiversidade apontam as divergências entre os envolvidos com esses produtos, valorizando seus aspectos culturais ou somente àqueles relacionados às normas sanitárias. No entanto, algumas semelhanças entre suas trajetórias, como uma maior proximidade com a agricultura familiar, podem ser um fator de coerência para avançarem enquanto grupo e construírem conjuntamente propostas em prol da agricultura familiar. Os agricultores se beneficiam desses encontros, principalmente no que se refere ao fomento à sua produção, que respaldam algumas de suas atividades, conferindo maior autonomia a essas pessoas e a reafirmação da importância do trabalho que desenvolvem. As formas de construir conhecimento coletivamente baseiam-se nos contatos sucessivos que possam propiciar uma interface entre os conhecimentos, técnico e local, a fim de atender as prioridades dos envolvidos. No entanto, constata-se que esse processo ocorre a longo prazo, o que não impede os agricultores de seguirem com suas práticas. Além disso, o fato de adequarem-se a legislação para a produção e comercialização de seus produtos apresenta algumas contradições, se por um lado pode legitimar as atividades dos agricultores familiares, por outro pode inibir algumas possibilidades criativas, restringindo-as à norma estabelecida. |