Avifauna e aviação civil no Brasil : impactos e subsídios para medidas de mitigação e manejo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Torres, Rodrigo Souza
Orientador(a): Carlos, Caio José
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/276147
Resumo: O objetivo deste estudo foi contribuir para a compreensão dos perigos das colisões entre aves e aeronaves no território nacional, identificar espécies problemáticas e avaliar aspectos relacionados às ocorrências de colisões. As colisões entre aves e aeronaves são muito comuns e têm aumentado nos últimos dez anos, de acordo com dados do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA). Esse aumento está diretamente relacionado ao crescimento do tráfego aéreo, à adaptação das populações de aves a ambientes urbanos e aeroportuários, aos comportamentos das espécies e aos períodos reprodutivos e migratórios. No Brasil, a maioria dos aeródromos apresenta um baixo número de colisões, com a maioria dos registros concentrados nos grandes aeroportos localizados nas regiões sul e sudeste. Colisões com efeitos adversos ocorrem com maior frequência em altitudes de até 1.500 pés, quando as aeronaves estão em alta velocidade. Existem diferenças notáveis no número de colisões entre as estações do ano, períodos do dia e horas de voo, assim como entre aeródromos e regiões, sugerindo variações nos padrões de movimentação das aves ao longo do dia e do ano. Apesar da ampla diversidade de espécies de aves que habitam ou frequentam os sítios aeroportuários e suas proximidades, algumas reconhecidas como perigosas para a aviação devido ao seu tamanho e às taxas de colisões que causam danos, também foram registradas colisões com espécies de porte médio, pequeno e muito pequeno que resultaram em prejuízos. No entanto, faltam análises mais precisas e robustas do problema, e estima-se que apenas 31% dos incidentes sejam relatados. Portanto, é essencial obter estatísticas confiáveis, identificar as espécies envolvidas e implementar medidas de gerenciamento da fauna. Para analisar o risco da fauna, modelos de distribuição espacial de espécies em diferentes ambientes podem fornecer informações valiosas. Modelos computacionais podem ser criados para avaliar o risco. Embora poucas publicações apresentem novas tecnologias e técnicas e experimentos que avaliem a altitude de voo e comportamento das espécies problemáticas em resposta a possíveis incidentes durante períodos migratórios ou movimentos diários em relação às diferentes fases do voo das aeronaves modernas, há evidências de progresso no gerenciamento do risco da fauna nos aeroportos e avanços na tecnologia aplicada à aviação. Esses são apenas alguns dos principais tópicos encontrados nos estudos consultados sobre o risco da fauna na aviação civil. É relevante destacar que esse campo está em constante evolução, com novas pesquisas e o desenvolvimento de tecnologias para mitigar os riscos associados às colisões entre aves e aeronaves.