Uma análise dos vocoides altos em português brasileiro : relações entre silabificação e atribuição do acento

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Simioni, Taíse
Orientador(a): Collischonn, Gisela
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/33326
Resumo: Neste trabalho, buscamos observar como os vocoides altos se comportam, no que diz respeito à silabificação e à atribuição do acento, em português brasileiro (PB). O termo “vocoide” é aqui empregado para designar um segmento subjacente que pode se realizar como vogal ou como glide. Nosso objetivo, então, é o de verificar em que contextos a realização se dará com uma ou com outro. Para a análise que tem como pressuposto teórico a Teoria de Otimidade (Prince e Smolensky (1993), McCarthy e Prince (1993b)), tomamos como ponto de partida as hipóteses de que o glide pós-vocálico localiza-se na coda silábica, enquanto o glide pré-vocálico forma núcleo complexo com a vogal seguinte. O principal argumento para a primeira hipótese é o fato de que o glide não coocorre com um (outro) segmento em coda. Fundamentando a segunda hipótese, há o fato de que o glide pré-vocálico possui um papel a desempenhar na atribuição do acento, uma vez que não existem palavras em PB nas quais o acento “pula” uma sílaba constituída por ditongo crescente na penúltima posição (*ídioma). Em uma análise não derivacional, não é possível interpretar tal ausência como consequência do fato de que, em uma etapa anterior de silabificação, o vocoide alto ocupa a posição de núcleo, o que significa que o acento não pode incidir em uma sílaba à sua esquerda, pois estaria sendo violada a restrição da “janela de três sílabas”. Propomos, então, um ranqueamento que dá conta das diferentes estruturas silábicas de vogal mais glide pós-vocálico e de glide pré-vocálico mais vogal. No que diz respeito à atribuição do acento, foi possível observar que, de maneira geral, o vocoide alto só receberá acento se for acentuado no input. Se o acento não estiver presente no input ou se outro segmento receber acento no input, haverá uma preferência pela realização do vocoide alto como glide, uma vez que tal realização permite a satisfação simultânea das restrições relativas à silabificação e à atribuição do acento.