Uso de solução tópica em spray de ácido hipocloroso 0,015% no tratamento de piodermite estafilocócica superficial canina

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Fernandes, Daniela Flores
Orientador(a): Gerardi, Daniel Guimarães
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/235355
Resumo: O aumento da prevalência de Staphylococcus spp. resistente à meticilina (MRS) tem proporcionado desafios no tratamento da piodermite canina. Com o intuito de reduzir o uso de antibióticos sistêmicos, a terapia tópica se tornou de primeira escolha e os principais agentes utilizados são clorexidine, mupirocina e ácido fusídico, porém sinais de resistência já foram observados. O ácido hipocloroso (HClO) é o ingrediente ativo do hipoclorito de sódio e apresenta ação antimicrobiana, antibiofilme, analgésica, anti-inflamatória e antiprurítica, sendo uma opção em potencial para o tratamento de piodermite. O objetivo deste estudo foi avaliar o uso de aplicação tópica diária de spray de solução de ácido hipocloroso 0,015% (AH) no tratamento de piodermite estafilocócica superficial canina, comparando seu resultado ao do clorexidine 2% (C). Foram selecionados 19 cães com piodermite estafilocócica superficial bilateral confirmada clinicamente associada a exames complementares. Todos os animais foram submetidos à avaliação clínica, exame parasitológico de pele, lâmpada de Wood, citologia cutânea, culturas fúngica e bacteriana, além de antibiograma, PCR para a presença do gene mecA e identificação do agente bacteriano pelo método MALDI-TOF. Dezessete cães receberam os dois protocolos (AH e C), um em cada antímero, de forma randomizada e em formato duplo-cego, uma vez ao dia por até 30 dias. Foi aplicado um escore total de piodermite superficial canina, baseado em avaliação clínica e citológica, nos dias zero, 15 e 30. Nos dias 15 e 30 também foi avaliado a ocorrência de efeitos adversos. Foi possível observar diferença estatisticamente significativa nos escores clínico e total no grupo C, e no escore clínico no grupo AH. Não houve diferença estatisticamente significativa no escore citológico em ambos grupos de tratamento. As variáveis pápula e colarete apresentaram reduções estatisticamente significativas em ambos os grupos de tratamento. Foi observada mediana de redução de escores clínico e total de cerca de 50% em cães com piodermite estafilocócica superficial ao longo de 30 dias de tratamento, em ambos protocolos terapêuticos, sem diferença estatisticamente significativa entre eles, independentemente do perfil de resistência do agente bacteriano. Seis animais apresentaram efeitos adversos a ambos tratamentos, sendo ressecamento de pele e pelame o principal. A adesão e percepção dos tutores sobre os tratamentos foi favorável.