Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2008 |
Autor(a) principal: |
Cerqueira-Santos, Elder |
Orientador(a): |
Koller, Silvia Helena |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/13113
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Resumo: |
O objetivo desta pesquisa foi investigar a relação entre comportamentos sexuais de risco e religiosidade entre jovens brasileiros de nível socioeconômico baixo. A pesquisa foi dividida em dois estudos: transversal (em São Paulo, Porto Alegre, Recife e Campo Grande) e longitudinal (em Porto Alegre). Participaram 4078 jovens com idades entre 14 e 24 anos, 46,5% masculino e 53,5% feminino, vivendo em situação de pobreza. Foi utilizado um instrumento auto-aplicável e confidencial de 109 questões. Os dados foram coletados em escolas e ONGs de forma coletiva. Foram desenvolvidas duas escalas, uma medindo religiosidade e outra comportamento de risco sexual (um indice composto por idade da primeira relação sexual, uso de camisinha, uso de métodos contraceptivos, abuso sexual e gravidez). A média de idade dos jovens participantes foi de 16,14 anos (SD=1,83) e não foi encontrada diferença entre moças e rapazes. Os resultados indicam que 97,2% são heterossexuais e 46,8% já tiveram a primeira relação sexual. A média de idade para o debute sexual foi de 14,24 anos (SD=0,60). A média do escore de comportamento de risco sexual foi de 0,60 (SD 0,60) com diferença significativa entre moças e rapazes (t=8,99; p<0,001), com média mais elevada para as moças (0,68 e 0,51). Em termos de religiosidade, a maioria se auto-declarou como católicos (40,8%), seguidos por aqueles que não têm uma religião (24,5%) e protestantes (20,5%). Houve uma diferença significativa para o nível de religiosidade (t=11,47; p<0,001) entre moças e rapazes, a média do índice de religiosidade para eles foi de -0,21 (SD=1,03) e para elas foi de 0,19 (SD=0,94). A amostra foi dividida em três grupos de religiosidade: alta, média e baixa religiosidade. O grupo com alta religiosidade teve o maior indice de comportamento sexual de risco (F=7,82; p<0,001). De seis indicadores de risco sexual, somente a relação sexual foi associada ao nível de religiosidade (participantes mais religiosos tenderam a atrasar a idade da primeira relação sexual). Dados longitudinais revelaram que a experiência sexual tende a diminuir o nível de religiosidade. Os resultados sugerem que, embora a religiosidade seja um fator de proteção atrasando a primeira relação sexual, esta não se mantem como um fator de proteção significativo após o debute sexual. |