A formação discursiva neoliberal em escolas públicas estaduais : o Projeto Jovem de Futuro do Instituto Unibanco

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Monteiro, Marcelisa
Orientador(a): Machado, Carmen Lúcia Bezerra
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/95668
Resumo: Este estudo tem o objetivo de analisar os sentidos produzidos no e sobre o trabalho docente a partir da incidência do Projeto Jovem de Futuro - PJF do Instituto Unibanco (IU) em escolas públicas estaduais de Porto Alegre no período de 2010 a 2013. A partir dos movimentos internacional e nacional de reestruturação do capital, e das articulações entre o político e o econômico, identifico o papel do Brasil e da educação nesse processo, debatendo sobre as “novas” formas de conservar a organização da educação ligada aos interesses do capital. Levando isso em conta, situo as condições sócio-históricas em que se constituem os discursos sobre a educação e a ela se atribuem sentidos filiados ao “mundo dos negócios”, evidenciando a Formação Discursiva Neoliberal. A incidência dos projetos privados sobre o trabalho docente em escolas públicas estaduais se caracteriza pela padronização, e contraditoriamente, pela possibilidade de alternativa que atua como contraponto entre a resistência e o consentimento. Com base no estudo de caso, realizado em duas escolas estaduais de Porto Alegre, a coleta de dados ocorreu no período de 2010 a 2013, sustentada teorico-metodologicamente pela interface entre os autores Antonio Gramsci e Michael Pêcheux, entre o inventário e a Análise de Discurso. Deste emergem os efeitos de sentidos sobre a falta de valorização da educação e do trabalho docente, bem como, sobre o Estado não – o que não cumpre com as suas responsabilidades, nas falas dos sujeitos entrevistados.