As identidades negociadas na aula de alemão em ações que envolvem falantes de dialetos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Uflacker, Cristina Marques
Orientador(a): Schlatter, Margarete
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/8651
Resumo: As identidades sociais não podem ser estabelecidas a priori, mas são negociadas pelos participantes a cada momento na interação. As pessoas trazem atributos potenciais para a interação face a face que podem ser ressaltados em um encontro particular (ERICKSON, 2001). Partindo dessa perspectiva, este estudo investiga a interação face a face nas aulas de alemão padrão, verificando como as identidades são tornadas relevantes nesse contexto, observando especificamente as ações que envolvem os alunos falantes de dialetos do alemão. Para isso foi feito um trabalho de cunho etnográfico com base na Análise Microetnográfica, (ERICKSON, 1992, 1996) em três turmas de alemão, duas de um Centro de Línguas e de uma turma de uma Universidade em Porto Alegre (RS). Alguns conceitos da Análise da Conversa Etnometodológica (SACKS, SCHEGLOFF e JEFFERSON, 1974; TEN HAVE, 1999; GARCEZ, 2002) e da Sociolingüística Interacional (GUMPERZ e COOK-GUMPERZ, 1982, GUMPERZ, 2001) contribuem para a análise das identidades ressaltadas nesse contexto. Os resultados da pesquisa sugerem que o conhecimento prévio demonstrado pelos alunos consiste em um atributo de identidade relevante nesse contexto, o que não garante, no entanto, que, em alguns momentos, esses alunos não negociem atributos que demonstrem insegurança e baixa auto-estima em relação à língua que dominam. Apesar disso, parece que as construções identitárias negativas não são reforçadas pelos outros participantes da interação em sala de aula, visto que os alunos falantes de dialeto demonstram ampla participação nas aulas e são reconhecidos como bons alunos pelo professor e por seus colegas.