O vírus da imunodeficiência felina (FIV) como vetor de transferência gênica para células de linhagem hematopoética e , estroma de medula óssea murina

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2002
Autor(a) principal: Silva, Eduardo Filipe Avila
Orientador(a): Nardi, Nance Beyer
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/202686
Resumo: A família dos retrovírus tem sido usada como urna das ma1s importantes ferramentas de transferência gênica em estudos de terapia gênica. Recentemente, os lentivírus vêm ganhando crescente popularidade devido ao seu potencial de infectar células quiescentes. A busca de vetores mais seguros tem destacado a importância dos lentivírus de mamíferos não-primatas, sendo que o Vírus da Imunodeficiência Felina (FIV) surge como alternativa na construção de vetores com maior eficiência e segurança. Modificações na estrutura molecular do genoma desse vírus possibilitaram a infecção estável de células humanas, bem como ampliação do tropismo celular e estabilidade viral. Neste trabalho, vetores lentivirais baseados no FIY, codificando o gene repórter gfp e pseudotipados com a proteína de envelope VSV -G foram produzidos por cotransfecção transiente de células empacotadoras 293T com os plasmídeos empacotador, vetor e envelope, pelo método de coprecipitação com fosfato de cálcio. A presença de partículas virais infecciosas, bem como o titulo obtido, foi avaliada com titulação do vetor em células não transfectadas da linhagem 293T, com obtenção de títulos superiores a l 04_lll/r:nL. Os vetores foram capazes de transduzir células das linhagens hematopoéticas humanas K562 e\ Daudi, além de culturas prunárias de estroma de medula óssea murina, com eficiência bastante elevada. Os níveis de expressão do transgene obtidos foram reduzidos, ocasionando um aumento de duas vezes na fluorescência basal dos diferentes tipos celulares. A transferência gênica foi estável, com expressão da GFP durante todo o período de manutenção das culturas transduzidas. A viabilidade das células expostas ao vetor foi medida com ensaio do iodeto de propídeo, indicando urna pequena toxicidade associada ao procedimento em algumas linhagens celulares. Não foi possível a detecção de formação de recombinantes virais capazes de replicação independente pelo ensaio de resgate utilizado. Os resultados sugerem que o FIV pode ser utilizado como vetor de tranferência gênica para células humanas, embora certas modificações nos elementos presentes nas construções plasmidiais sejam necessárias para melhoria das características de segurança, eficiência e níveis de expressão obtidos.