Obtenção de quitina a partir do exoesqueleto de camarão (Litopenaeus vannamei) e avaliação da sua aplicabilidade para utilização como adsorvente na remoção de corantes de meio aquoso

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Santos, Márcia Cristina dos
Orientador(a): Bergmann, Carlos Perez
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Dye
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/212182
Resumo: O biopolímero quitina, que pode ser obtido a partir de resíduos da indústria pesqueira e de alimentação, é uma fonte bruta promissora, podendo ser usado como material de baixo custo para inúmeras aplicações. O objetivo deste trabalho foi obter quitina a partir do exoesqueleto de camarão e avaliar sua aplicabilidade para utilização como adsorvente na remoção de corantes de soluções aquosas. A síntese foi realizada a partir de duas etapas: desproteinização e desmineralização. Na primeira etapa, foi utilizado solução de hidróxido de sódio 5% (m/m), com tempo de contato de 24 horas, à temperatura ambiente. A segunda etapa foi realizada com a utilização de solução de ácido clorídrico 5% (m/m), novamente com tempo de contato de 24 horas e à temperatura ambiente. A quitina obtida foi caracterizada por DRX, FTIR, Espectroscopia Raman, DSC, BET, Granulometria por Difração a Laser e Densidade por Picnometria. Após as caracterizações, pode-se afirmar que a quitina obtida corresponde a estrutura polimórfica da α-quitina. O material obtido foi utilizado como adsorvente para remoção de quatro diferentes corantes de resíduos aquosos sintéticos. O percentual de remoção máximo foi de 11, 52, 100 e 85% para o alaranjado de metila, rodamina B, verde brilhante e vermelho congo, respectivamente, em diferentes concentrações, com tempo de contato de 2 horas, sob agitação magnética, pH natural das soluções e temperatura ambiente. Foi testada a influência do tempo de contato no processo para os corantes verde brilhante e vermelho congo. Para o corante verde brilhante, a remoção chegou a 100% a partir de 45 minutos de processo, sendo que mais de 90% do corante foi adsorvido nos primeiros 10 minutos. Para o corante vermelho congo, obteve-se remoção máxima de 91% em 1 hora de processo, sendo que, a partir desse tempo, a taxa de remoção passou a cair. O ajuste dos dados demonstrou que o processo de adsorção do corante verde brilhante segue o modelo de isoterma de Langmuir, enquanto que o processo envolvendo o corante vermelho congo se ajusta bem tanto ao modelo de Langmuir quanto ao modelo de Freundlich.