A escrita como fenômeno semiológico em Émile Benveniste

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Titello, Diego Vilanova
Orientador(a): Silva, Carmem Luci da Costa
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/207558
Resumo: Esta tese versa sobre a problemática da escrita oriunda da reflexão de Benveniste presente nas Últimas aulas. Nesse sentido, é o Benveniste das Últimas Aulas, em relação com o dos Problemas de linguística Geral, que acompanha este trabalho na busca por uma proposição de um gesto interpretativo para o problema da escrita a partir da visada semiológica do linguista. Assim, considerando o objeto de pesquisa – a escrita em sua relação com a reflexão sobre a semiologia da língua de Benveniste –, o objetivo geral deste estudo consiste em verificar como o fenômeno da escrita se configura e se desdobra na reflexão semiológica de Émile Benveniste a partir da relação de interpretância da língua com ela mesma. Atrelados a esse objetivo geral, constituem-se duas questões imbricadas uma na outra: 1) Como a escrita se configura a partir da reflexão semiológica de Benveniste? e 2) Se a escrita se revela a partir da relação da língua com ela mesma, o que se produz como escrita dessa relação? Assim, de modo a responder a essas questões, empreende-se um estudo teórico de discussão e análise de diferentes textos dos dois volumes de seus Problemas de Linguística Geral, com especial atenção sobre o artigo “Semiologia da língua”, trazendo em contraponto à leitura de seus manuscritos organizados geneticamente por Fenoglio e Coquet na publicação Últimas aulas. O trabalho se apresenta em três capítulos, ao longo dos quais defendeu-se que a escrita, à luz da semiologia da língua, constitui-se a partir do retorno sobre a língua, considerando suas próprias unidades e mecanismos de organização e funcionamento. Nessa relação da língua com ela mesma, possibilitada pela interdependência língua-fala, encontra-se a propriedade metalinguística em que a língua reproduz unidades significantes a partir de sua dupla significância. As unidades e mecanismos da língua, na sua dupla significância (semiótico e semântico), reaparecem em outro modo de a língua se apresentar – a escrita. É por essa razão que se afirma que a escrita revela-se como a imagem da língua.