Avaliação dos componentes passivos dos flexores plantares de triatletas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Jacques, Tiago Canal
Orientador(a): Mota, Carlos Bolli
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/158597
Resumo: Introdução: Triatletas apresentam redução do desempenho na corrida quando a executam imediatamente após o ciclismo, além de apresentarem maior volume de treinamento de ciclismo em relação ao de corrida. Os flexores plantares de triatletas são expostos a elevadas cargas geradoras de tensão durante essas modalidades. Os componentes passivos das unidades músculo-tendão são responsáveis pela transmissão de força e armazenamento/retorno de energia mecânica, e suas propriedades mecânicas estão sujeitas a alterações quando expostas a estresse mecânico. Avaliações de torque passivo têm sido utilizadas para obtenção das propriedades mecânicas dos flexores plantares, mas sua repetibilidade ainda não foi investigada extensamente. A adaptação dos componentes passivos de triatletas ao treinamento com elevado volume de ciclismo ainda não foi investigado, assim como o efeito do ciclismo e da corrida sobre as propriedades mecânicas dos flexores plantares de triatletas. Objetivos: Avaliar a repetibilidade de medidas intra e interdias das propriedades mecânicas de triatletas (Capítulo 3), comparar os componentes passivos dos flexores plantares entre triatletas e indivíduos não atletas (Capitulo 4), comparar o efeito do ciclismo e da corrida sobre os componentes passivos do tríceps sural (Capítulo 5). Métodos: Capítulo 3 - vinte triatletas realizaram avaliações de torque passivo em uma sessão de avaliação (intradia) e treze triatletas realizam as mesmas avaliações em sessões subsequentes (interdias) para a obtenção de varáveis dinamométricas (ângulo em dorsiflexão, torque máximo em dorsiflexão) e de propriedades mecânicas dos flexores plantares (rigidez, energia armazenada/retornada, histerese, coeficiente de dissipação). Capítulo 4 - Quatorze indivíduos não atletas realizaram avaliações de torque passivo em dinamômetro isocinético para a comparação com as propriedades mecânicas de triatletas. Capítulo 5 - Treze triatletas realizaram testes máximos com carga incremental de ciclismo em ciclossimulador e corrida em esteira rolante em conjunto com avaliações de torque passivo pré e pós cada teste máximo para a obtenção das propriedades mecânicas dos flexores plantares. Os testes máximos foram separados por uma semana de intervalo. Resultados: Capítulo 3 - efeitos triviais (ES < 0,25) foram observados para as diferenças nas medidas das propriedades mecânicas intradia. Efeitos moderados (ES = 0,5-1,0) e grandes (ES > 1,0) foram observados para as medidas realizadas interdias. Capítulo 4 - Triatletas possuem maior armazenamento e dissipação de energia mecânica em relação a indivíduos não treinados (p < 0,01, ES > 0,8). Capítulo 5 - O ciclismo resultou em uma redução na rigidez dos componentes passivos de magnitude significativa (15%) quando comparada a redução induzida pela corrida (0,02%) (p < 0,01, ES > 0,8). Conclusão: As medidas das propriedades mecânicas dos componentes passivos de triatletas apresentam boa repetibilidade intra e interdias, com exceção do coeficiente de dissipação. Triatletas armazenam e dissipam mais energia nos flexores plantares em função de adaptações do componente viscoso dos componentes passivos, o que pode estar relacionado ao maior volume de ciclismo. A rigidez dos componentes passivos parece ser mais alterada pelo estresse mecânico induzido pelo ciclismo em relação a corrida, o que pode ter implicações para o desempenho de triatletas durante competições onde a realização dessas modalidades ocorre em sequencia.