Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Silva, Débora Bretas |
Orientador(a): |
Silva Filho, Luiz Carlos Pinto da |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/262198
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Resumo: |
Frente ao elevado déficit habitacional brasileiro e uma construção civil ainda caracterizada pela reduzida produtividade, grandes desperdícios e acentuada extração de recursos naturais escassos, há uma crescente busca por tecnologias construtivas inovadoras que vão de encontro com premissas como sustentabilidade, racionalização, agilidade de fabricação/montagem e que simultaneamente tenham coerência com o clima e as condições sociais do país. No Brasil, para que uma inovação no setor construtivo seja efetivamente introduzida no mercado ela precisa previamente ter sua qualidade atestada por meio de ensaios de desempenho especificados pela ABNT NBR 15.575/2021. Dessa forma, com o intuito de disseminar e incentivar o desenvolvimento de produtos inovadores, ambientalmente mais amigáveis, bem como auxiliar na validação dos critérios normativos e consolidação da cultura de desempenho, o presente trabalho avaliou a hipótese de que elementos (paredes) para vedação vertical interna formados por componentes de concreto celular espumoso e casca de arroz in natura atendem ao desempenho mínimo perante a requisitos de segurança, habitabilidade e sustentabilidade. Para tanto, foram desenvolvidas análises a nível de material (dosagem, massa específica, consistência, resistência mecânica), de componente (análise das placas e dos blocos) e de elementos/sistema através da realização de ensaios de tipo em laboratório avaliando a resistência às solicitações de peças suspensas, a resistência a impactos de corpo mole e de corpo duro, a permeabilidade à água, a estanqueidade à água da chuva e pôr fim a ação de calor e choque térmico. Os resultados obtidos demonstram que os elementos desenvolvidos possuem potencial para uso como vedação vertical interna sem função estrutural, todavia ainda carecem da implementação de certos aprimoramentos de modo a obter-se o desempenho mínimo frente à totalidade dos critérios. O elemento formado por blocos apresentou desempenho superior em relação àquele formado por placas, provavelmente em razão da maior espessura dos componentes construtivos utilizados, bem como pelo travamento empregue e a presença de revestimento argamassado. O ensaio de resistência às solicitações de peças suspensas evidenciou a atuação da casca na atenuação da propagação de fissuras e no aprimoramento da ancoragem do sistema de fixação da mão-francesa. O ensaio de resistência a impactos de corpo mole contribuiu para a identificação de uma divergência quanto as condições de contorno do ensaio, resultando na sugestão da unificação da forma de apoio dos corpos de prova de modo a aproximar-se ainda mais do cenário real. No ensaio de permeabilidade evidenciou-se que os parâmetros normativos são bem rigorosos e seu atendimento demanda a utilização de revestimentos de baixa absorção ou impermeabilizantes. O ensaio de estanqueidade destacou a importância da impermeabilização da base do corpo de prova de modo a impedir a entrada de água por capilaridade. Os ensaios de ação do calor e choque térmico apontaram a possibilidade de utilização dos elementos avaliados também como vedações externas (sem função estrutural), assim como corroboram para o princípio de que compósitos cimentícios com casca de arroz são duráveis. Por fim, a principal contribuição do trabalho foi a comprovação de que blocos de concreto celular com casca de arroz podem ser utilizados como componente em elementos de vedação que atendem ao nível de desempenho mínimo frente a requisitos de segurança, habitabilidade e sustentabilidade. |