Anatomia do imaginário : pintura, corpo e memória

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Figueiredo, Vinicius Borges
Orientador(a): Corona, Marilice Villeroy
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/279601
Resumo: Anatomia do Imaginário: Pintura, Corpo e Memória é uma pesquisa que trata de uma investigação nas linguagens do desenho e da pintura, dentre outras mesclas, tendo o corpo como motivo representacional. Busca-se trazer uma discussão sobre a construção de um imaginário particular fundamentado na ideia de um corpo misto e erótico. Chamo de imagens cruzadas a produção que surge de uma ideia de cruzamento entre elementos que retomam as minhas memórias da infância: os ossos de animais, as folhagens do jardim da minha avó e a paisagem do cerrado. Mas também se trata do cruzamento de várias linguagens como o desenho, a pintura, a fotografia e a colagem. Busco, através de recortes e fotografias, articular estas referências que fazem parte do meu imaginário e vivências na região do semiárido norte-mineiro. Esta pesquisa busca compreender como a mistura destas imagens dentro do processo de criação em artes visuais pode reativar as relações entre memória e identidade. Enfoca-se a memória não como um arquivo fixo de imagens a serem acessadas quando necessitamos, mas como um processo sempre atualizado e em contínua reconstrução. O processo de colagem que antecede a pintura e que depois a contamina, permite o cruzamento e reunião de imagens de diversas naturezas, fazendo nascer uma nova imagem que dá corpo ao que chamo de anatomia do imaginário. Para pensar os conceitos que fazem parte da pesquisa – a memória, o imaginário e sua relação com espaço –, uso como referência os autores Gaston Bachelard, Ecléia Bosi e Henri Bergson. Para abordar a criação da obra de arte, me apoio nos escritos de René Passeron e Luigi Pareyson. Através de Gilles Deleuze, me aproximo da filosofia no seu discurso de entender o pensamento como uma colagem e a obra de arte como matéria do devir, para lidar com as matérias da criação. O conceito de Performatividade de gênero é uma contribuição de Judith Butler. Quando falo sobre a organização do meu método de trabalho, como a colagem na minha pesquisa serve como um meio para se chegar na composição em desenho e pintura, abordo o uso dos Documentos de trabalho, termo difundido pelos estudos do professor Dr. Flávio Gonçalves.