Pneumocystis sp. e circovirus (PCV2) em pulmões de suínos de abate, procedentes dos estados do Rio Grande do Sul e Mato Grosso e estudo das relações filogenéticas das amostras de pneumocystis sp.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Sanches, Edna Maria Cavallini
Orientador(a): Ferreiro, Laerte
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/10865
Resumo: As doenças respiratórias constituem um sério problema em sistemas intensivos de criação de suínos, causando enormes prejuízos à industria suína no Brasil e no mundo. Estes prejuízos estão freqüentemente relacionados à redução de peso, mortalidade, maior predisposição a doenças entéricas, gastos com vacinas e medicamentos. Os distúrbios respiratórios em suínos são manifestados através de um complexo de doenças, com envolvimento de agentes virais, bacterianos e fúngicos. Dentre estes, a presença do circovírus (PCV2) e o Pneumocystis sp. começa a ser gradativamente caracterizada como uma associação entre um agente causador de imunossupressão e um organismo de ação oportunista. O trabalho objetivou diagnosticar Pneumocystis sp. através das técnicas de imunohistoquímica, Grocott e nested-PCR, em suínos abatidos nos Estados do Rio Grande do Sul (RS) e Mato Grosso (MT), diagnosticar a ocorrência de PCV2 na mesma população de suínos, verificar a associação entre Pneumocystis sp. e PCV2, e determinar as relações filogenéticas entre as amostras de Pneumocystis sp. O estudo avaliou um total de 591 pulmões, 297 com alterações macroscópicas (pneumonia) e 294 normais obtidos em frigoríficos. Foram analisados 292 pulmões procedentes do RS e 299 pulmões do MT Para diagnóstico do Pneumocystis sp. as amostras foram analisadas através das técnicas de Grocott, Imunohistoquímica e nested-PCR (mtLSU e mtSSU rRNA). Do total das amostras, 36,9% foram positivas para Pneumocystis. O índice de positividade para o vírus PCV2 foi de 32,7% na amostra total. Os resultados revelaram uma alta prevalência do vírus (PCV2) em pulmões sem lesões macroscópicas. A co-infecção (PCV2 e Pneumocystis sp.), foi detectada em 28,0% em 564 pulmões examinados. As análises das seqüências dos nucleotídeos dos produtos de PCR dos genes mtLSU e mtSSU do rRNA do Pneumocystis sp. nos pulmões analisados, sugerem a presença até o presente momento de 2 espécies diferentes de Pneumocystis no Brasil. Este estudo evidencia a ocorrência da co-infecção de dois agentes (Pneumocystis sp. e PCV2) em animais hígidos, fato que, indica a necessidade de planejamento e implementação de medidas de controle para melhorar a produtividade na suinocultura.