Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Carvalho, Carolina |
Orientador(a): |
Souza, Romina Batista de Lucena de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/197582
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Resumo: |
Os investimentos diretos estrangeiros (IDE) representam uma relação de interesse duradouro do país investidor no país anfitrião dos investimentos. Pela associação desses investimentos com o crescimento econômico, diversas políticas públicas visam atrair IDE, assim como, muitos mercados em expansão buscam vantagens para abrir negócios em economias estrangeiras. As diferenças entre relatórios financeiros tendem a ser uma barreira para a expansão desses investimentos. Sendo assim, estima-se que a adoção das International Financial Reporting Standards (IFRS) impulsione o aumento dos investimentos transfronteiriços pelo ganho de qualidade da informação e gere maior confiança nos investidores. Este estudo tem como objetivo, portanto, analisar o efeito da adoção das IFRS nos fluxos de entradas e saídas de IDE, tendo como amostra os países membros da Organização Mundial do Comércio e período de estudo de 2000 a 2017. Para isso, utilizou-se como técnica de análise de dados dois modelos de regressão com dados em painel, tendo como variáveis dependentes as entradas e saídas de IDE. Para medir os efeitos das IFRS nos fluxos de IDE, foram adicionadas aos modelos três variáveis, conforme os objetivos do estudo, além de outras variáveis que tendem a influenciar as variações de IDE, com base na literatura pesquisada. Os resultados deram indícios de uma relação significativa positiva para adoção obrigatória das IFRS, indicando um aumento de entradas e saídas de IDE no ano que cada país passou a requerer as normas para empresas de capital aberto. Tal efeito não foi percebido nos fluxos de IDE no período anterior a adoção obrigatória, quando as normas eram apenas permitidas ou consideradas. Já o efeito do tempo pós-adoção obrigatória das IFRS gerou uma redução significativa nos fluxos de IDE. Além das IFRS, as variáveis referentes a abertura ao comércio exterior e à força das leis apresentaram significância estatística nos modelos, a primeira com sinal negativo e a segunda com sinal positivo. Ainda, as variáveis referentes a percepção da corrupção, PIB per capita e tamanho da população foram relacionadas positivamente para as oscilações dos fluxos de saídas de IDE. Demais resultados indicaram que o tempo médio de adoção obrigatória das IFRS é inferior a 4 anos e que os países desenvolvidos apresentam os maiores fluxos de IDE e, para esses países, a adoção das IFRS foi mais significativa para aumentar tais investimentos. |