Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Dias, Sammer Maravilha Chagas Gilio |
Orientador(a): |
Kubo, Rumi Regina |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Espanhol: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/196473
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Resumo: |
Este trabalho tem como objetivo estudar o Conhecimento Ecológico Local (CEL) dos pescadores artesanais do litoral norte do Rio Grande do Sul sobre a taxonomia e ecologia dos bagres da família Ariidae, buscando relacionar o CEL à criação das leis pesqueiras vigentes no Estado, na tentativa de promover reflexões sobre a contribuição do CEL dos pescadores artesanais para a construção e para o aprimoramento de leis que regulam o uso dos recursos pesqueiros atualmente no Estado. Para chegar a esses objetivos foram entrevistados representantes da EMATER-RS buscando entender como são criadas as legislações pesqueiras e as fontes utilizadas para a criação das legislações pesqueiras vigentes; e com a Fundação Zoobotânica no intuito de mostrar um pouco do processo de criação da Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas do RS. Também foram feitas entrevistas semi-estruturadas com 33 pescadores artesanais dos municípios de Imbé, Capão da Canoa e Tramandaí (litoral norte do RS) a respeito das 4 espécies de bagres (família Ariidae) de importância econômica para a região. Nas entrevistas buscou-se apreender as percepções dos pescadores em relação a abundância das principais espécies comerciais do litoral norte, observando o conhecimentos dos entrevistados em relação a taxonomia e ecologia das espécies de bagres. Os resultados mostram que o bagre (Genidens Spp.) e a tainha (Mugil Spp.) são os peixes mais citados pelos pescadores, que os entrevistados reconhecem diferenças entre as etnoespécies da região (juru-bebê, leitão, cabeçudo e catinga), sendo juru-bebê a mais citada, além de especificarem outros conhecimentos sobre a ecologia e biologia das espécies do gênero. Os pescadores afirmam que aprenderam a diferenciar os tipos de bagres existentes pelo contato com pessoas de gerações anteriores, como os pais, avós ou tios e outros pescadores mais velhos e somada a experiência acumulada ao longo de suas vidas. Também foi observado que os pescadores artesanais raramente são consultados durante o processo de criação das leis pesqueiras. Levando-se em consideração esses aspectos mencionados percebe-se que o CEL dos pescadores artesanais sobre os bagres pode ser uma importante ferramenta na gestão participativa da pesca do bagre. |