Atributos químicos do solo em sistemas integrados de produção de grãos e ovinos de corte

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Alves, Lucas Aquino
Orientador(a): Tiecher, Tales
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/233147
Resumo: A inserção do componente animal no sistema de produção agrícola pode alterar a dinâmica dos nutrientes e, consequentemente, a fertilidade do solo e a produtividade das culturas ao longo do tempo. Essa mudança ocorre de forma distinta de acordo com o arranjo adotado, em função tanto da intensidade quanto da frequência dos componentes animais e vegetais. O objetivo deste estudo foi avaliar o impacto da intensidade e frequência do componente animal em dois sistemas de cultivo agrícola, monocultivo de soja e rotação soja/milho, sobre (i) os atributos químicos do solo ao longo do tempo, distribuição vertical e o balanço de nutrientes no solo; (ii) a produtividade dos cultivos; e (iii) o teor e estoque de carbono (C) e nitrogênio (N) no solo após 14 anos da adoção de um sistema integrado de produção de grãos e ovinos de corte. O estudo foi conduzido em um experimento de longo prazo, iniciado em 2003, disposto em um delineamento de blocos casualizados em fatorial, com parcelas subdivididas, testando duas intensidades de pastejo (moderada e baixa) e dois métodos de pastoreio (contínuo e rotacionado), subdivididas em dois sistemas de cultivo (monocultivo de soja e rotação de soja/milho). Os atributos químicos avaliados foram: pH em água, Al, Ca e Mg trocáveis, P e K disponíveis, saturação por bases (V), saturação por Al (m), capacidade de troca de cátions (CTC), carbono (C) e nitrogênio (N) no solo. Houve uma intensa acidificação do solo ao longo dos 14 anos, com a diminuição do pH, V, Ca, Mg e K, e um aumento do Al e da m. O balanço negativo de K foi mais intenso na monocultura de soja devido à maior exportação do nutriente pelos grãos da leguminosa. Os teores e estoques de C e N no solo foram superiores no monocultivo de soja e na intensidade de pastejo baixo. A produtividade do milho e da soja foram baixas em todos os tratamentos, mas responderam positivamente a baixa intensidade de pastejo, sendo que a produtividade da soja foi superior no método de pastoreio rotativo, independente da intensidade de pastejo adotada. Os atributos químicos de solo foram pouco alterados pelos métodos e intensidades de pastoreio, devido ao poder reciclador do animal, que devolve para o sistema a maioria dos nutrientes ingeridos. Porém, as intensidades de pastejo alteram a dinâmica do C no solo, devido ao maior aporte de resíduos na intensidade de pastejo baixa. Embora o milho tenha um grande potencial em aportar resíduos ao solo, a cultura da soja aporta um resíduo de melhor qualidade e, por ser menos susceptível a estresses hídricos, pode ser mais eficiente em aumentar/manter os estoques de C e N em locais onde há limitação hídrica no período estival.