Diagênese e porosidade em rochas carbonáticas albianas do sul da bacia de Campos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Armelenti, Garibaldi
Orientador(a): De Ros, Luiz Fernando
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/263303
Resumo: Carbonatos marinhos Albianos são produtores de hidrocarbonetos desde os anos 70 na Bacia de Campos. Descobertas recentes reacenderam o interesse na sua exploração. Análises petrográficas, de microscopia eletrônica de varredura, catodoluminescência, petrofísica e descrições de testemunhos de quatro poços foram integradas para compreender os controles deposicionais e diagenéticos sobre a porosidade e permeabilidade de carbonatos da seção basal do Albiano no sul da Bacia de Campos. Os calcários da Formação Quissamã são depósitos de alta a moderada energia, representados por calcarenitos oolíticos, oncolíticos e peloidais, calcirruditos oncolíticos e intraclásticos, e arenitos híbridos, que foram depositados em altos controlados pela topografia dos evaporitos subjacentes da Formação Retiro. Processos diagenéticos de diferentes ambientes e intensidades resultaram em grande heterogeneidade na qualidade dos reservatórios. A cimentação eodiagenética parcial por calcita em franjas e crescimentos sintaxiais em equinóides preservou a porosidade interpartícula primária da compactação. Entretanto, a cimentação pervasiva por calcita em mosaico obliterou a porosidade. A escassez de cimentação resultou em intensa redução da porosidade pela compactação mecânica e química. Arenitos híbridos intercalados foram intensamente cimentados e/ou compactados, com destruição da porosidade. A porção basal, denominada Membro Búzios, é constituída por depósitos carbonáticos e híbridos que foram intensamente dolomitizados pelo processo de infiltração por refluxo de salmouras ricas em magnésio. Sua permeabilidade e conexão dos poros móldicos foram muito reduzidos pela cimentação da porosidade intercristalina por crescimentos de dolomita. Os processos diagenéticos foram mais importantes do que os deposicionais no controle da qualidade de reservatório dos carbonatos do Albiano no sul da Bacia de Campos. Essa compreensão é importante para a exploração por novas acumulações e para a otimização da recuperação de óleo dos campos em produção.