Ecotoxicologia de resíduo da agroindústria do tabaco em oligoquetas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Schirmer, Guilherme Karsten
Orientador(a): Camargo, Flavio Anastacio de Oliveira
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/108930
Resumo: A indústria do tabaco gera resíduos que podem ser dispostos no solo desde que não cause impacto ao meio biótico e abiótico e que tenha potencial agronômico comprovado. O impacto a biota do solo pode ser avaliado por meio de indicadores e/ou testes ecotoxicológicos aplicados a toda a biota ou a grupos específicos com maior sensibilidade ao resíduo. Deste modo, o objetivo do trabalho foi avaliar em oligoquetas (minhocas) a toxicidade do resíduo sólido da indústria do tabaco aplicado no solo. Primeiramente foi analisada a fuga ou atração das minhocas, quando submetidas à presença do resíduo, com e sem contato direto. Posteriormente foram avaliados os efeitos do resíduo na mortalidade, crescimento e reprodução das minhocas em solo natural, substrato artificial e solos com histórico de uso do resíduo, assim como, em ambiente de vermicompostagem. Também foi observado o desempenho adaptativo dos oligoquetas crescidos em solo e esterco bovino com adições graduais do resíduo agroindustrial. Os resultados indicaram que a presença do resíduo fumageiro sem contato direto com as minhocas não causou repelência aos organismos. Fugas em contato direto com o resíduo foram mais evidentes em ambientes de substrato artificial, com índices de fuga para todas as doses aplicadas. Não houveram mortes significativas em qualquer dose aplicada em solo natural. Minhocas crescidas em esterco bovino misturado ao resíduo tiveram sua sobrevivência comprometida apenas nas doses mais elevadas. Todas as minhocas crescendo nos solos ou substrato artificial com resíduo aumentaram a biomassa quando comparado ao tratamento controle. Quando o ambiente simulava a vermicompostagem, a mistura com resíduo fumageiro mostrou-se deletéria para o ganho de peso. O número de jovens sobreviventes foi mais afetado pelo resíduo. A biomassa por minhoca crescida em quantidades crescentes de resíduo não foi diferente da encontrada em minhocas que receberam tratamento sem parcelamento das doses. Indivíduos submetidos a doses e concentrações crescentes de resíduo fumageiro em ambos os substratos foram significativamente mais capazes de sobreviver. Minhocas sob processo de adaptação não geraram jovens mais resistentes a presença do resíduo. Conclui-se que uso do resíduo sólido fumageiro afetou as minhocas, principalmente indivíduos jovens e apenas quando utilizado em quantidades acima da liberada pelo órgão regulador.