LPS modula a secreção de S100B : um estudo no líquido cerebroespinhal e em culturas de astrócito de ratos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Guerra, Maria Cristina Azambuja Barea da Silveira
Orientador(a): Goncalves, Carlos Alberto Saraiva
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/194169
Resumo: A resposta inflamatória no cérebro é primeiramente mediada pela microglia, entretanto evidências sugerem uma importância crucial dos astrócitos nesse processo. A S100B, uma proteína ligante de cálcio, secretada por astrócitos, tem sido considerada como sendo uma citocina neurotrófica. Neste trabalho nós avaliamos se o conteúdo de S100B no líquor e no soro de ratos Wistar é afetado pela administração intraperitoneal (IP) ou intracerebroventricular (ICV) de LPS, bem como se culturas de astrócitos primários respondem diretamente ao LPS. Nossos dados sugerem que a secreção da S100B no tecido cerebral é estimulada rápida e persistentemente in vivo pela administração ICV ou IP de LPS. Diferente da S100B, nós observamos um aumento da concentração de TNF-α no soro, mas não no líquor após a administração IP de LPS. Em cultura de astrócitos e fatias hipocampais de animais jovens (30 dias), nós observamos uma estimulação direta na secreção de S100B induzido pelo LPS na concentração de 10 µg/mL. Entretanto, mesmo concentrações mais baixas de LPS (0,01 µg/ml a 1 µg/ml), em culturas de astrócitos, o LPS foi capaz de induzir uma diminuição na secreção de S100B em 24 h de tratamento, sem mudanças significativas no conteúdo intracelular dessa proteína. Além disso, após 24 h de exposição ao LPS (0,1 µg/ml), nós observamos uma diminuição do conteúdo intracelular de glutationa e um aumento no conteúdo de GFAP. Juntos esses dados contribuem para o entendimento dos efeitos do LPS em astrócitos, particularmente sobre a secreção de S100B, e nos ajuda a interpretar alterações na concentração dessa proteína no líquor e no soro em doenças neuroinflamatórias.