Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Domingues, Lucas Betti |
Orientador(a): |
Silva, Rodrigo Ferrari da |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/224373
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Resumo: |
Introdução: A variabilidade da pressão arterial (PA) é um importante fator de risco cardiovascular, independentemente dos valores médios de PA. Diferentes modalidades de atividade física, em especial os esportes recreativos, tem ganhado importância no cenário clínico como estratégia não-farmacológica para prevenção e tratamento da hipertensão. No entanto, o benefício dos esportes recreativos sobre a variabilidade da PA permanece desconhecido. Objetivo: Avaliar o efeito de uma sessão de beach tennis sobre a variabilidade de PA de curto prazo em indivíduos com hipertensão. Métodos: Trata-se de um ensaio clínico randomizado cruzado, no qual 24 indivíduos hipertensos (12 homens e 12 mulheres, média de idade de 48 anos) foram randomizados em ordem aleatória (1:1) a duas sessões experimentais: sessão beach tennis (BT) e sessão controle, sem exercício (Con). BT iniciou com aquecimento padronizado de 5-min, composto por exercícios técnicos da modalidade, seguido de 3 minijogos com duração de 12-min e intervalos de 2-min entre eles. Durante Con, os participantes permaneceram em repouso sentado. Ambas as intervenções tiveram duração de 45-min. PA e frequência cardíaca foram aferidas no consultório, imediatamente após cada um dos sets em BT e nos intervalos de tempo equivalentes em C (15-min), e no período de recuperação, em intervalos de 15-min por 45-min, após finalizar as intervenções. A variabilidade de curto prazo da PA sistólica e diastólica foi calculada através da variabilidade real média (VRM) nos períodos diurno, noturno e 24 horas. Para estimar a demanda cardiovascular de BT, o duplo produto foi calculado através das medidas de PA e frequência cardíaca registradas durante as sessões experimentais e durante o monitoramento ambulatorial. Resultados: Reduções significativas foram observadas após a sessão BT na variabilidade de PA, expressa pela VRM diastólica no período de 24 horas (Δ -0.9 ± 0.4; p = 0.049) e no período diurno (-1.4 ± 0.5; p = 0.004), quando comparado a sessão Con. Não foram observadas reduções significativas na VRM sistólica durante a monitorização ambulatorial e diastólica durante o período noturno (p > 0,05). Durante a sessão BT, o duplo-produto (10331 ± 750; p < 0.001) permaneceu significativamente elevado, quando comparado a sessão Con. Durante o monitoramento ambulatorial, o duplo produto permaneceu em níveis semelhantes após a sessão BT, quando comparado com a sessão Con (8491 ± 297 vs. 8603 ± 270; p = 0,493). Conclusão: Uma sessão de BT reduz a variabilidade de curto prazo da PA diastólica pelo período de 24 horas e no período diurno em indivíduos com hipertensão. |