Respostas das plantas e modificação de propriedades do solo pela aplicação de escória básica de aciaria

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Wally, Marcio do Sacramento
Orientador(a): Bissani, Carlos Alberto
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/14800
Resumo: As escórias siderúrgicas, resultantes da fabricação de aços, possuem características químicas que indicam um possível uso na agricultura, como corretivos de acidez do solo e fontes de alguns nutrientes para as plantas. Porém, possuem componentes indesejáveis, como metais pesados, que podem provocar situações de risco ambiental. Com o objetivo de avaliar a eficiência agronômica e o aporte de metais pesados ao solo pela aplicação de escória básica de aciaria, foi conduzido um estudo em colunas de solo (Argissolo Vermelho distrófico típico – PVd; volume de 10 dm3/coluna), mantidas a céu aberto, em delineamento completamente casualizado, com quatro repetições. Os tratamentos aplicados ao solo, com base na dose para elevar o pH a 6,5 pelo método SMP, foram: 1 - Testemunha; 2 - CaCO3+MgCO3 (PRNT 100%) 3 - Trat. 2 + adubação NPK; 4 - Escória (partículas < 0,149 mm e PRNT 60%); 5 - Trat. 4 + NPK; 6 - Escória 2 x dose (1/3 partículas < 0,149 mm e 2/3 partículas 0,149 – 0,5 mm) + NPK; 7 - Trat. 4 + N; 8 - Escória 5 x dose (partículas 0,5 – 2,0 mm) + Trat. 3; 9 - Escória 10 x dose (partículas 2,0 – 15,0 mm) + Trat. 3. Foram feitos três cultivos (aveia – Avena sativa/inverno de 2002, aveia/inverno 2003 e milho – Zea mays/verão 2004). Após cada cultivo, foi feita a amostragem do solo (12, 18 e 24 meses após aplicação dos tratamentos). Quando em doses equivalentes, a escória proporcionou aumentos dos valores de pH, CTC efetiva e saturação por bases e teores de Ca e Mg do solo semelhantes ao carbonato. À exceção do Mg, estes atributos foram maiores nos tratamentos com maiores doses e diâmetro de partículas, indicando a reatividade também das frações mais grossas da escória. Tanto para o carbonato como para a escória, a produção de matéria seca das plantas aumentou com a adição de NPK, indicando que o resíduo não supre adequadamente os nutrientes P e K, conforme também demonstrado pelas análises das plantas e do solo. Entre os micronutrientes, apenas o Mn teve aumento de disponibilidade, mas tendeu a diminuir com o aumento do pH do solo. Nos tratamentos com escória, os teores dos metais Cd, Cr, Ni e Pb nas plantas não diferiram da testemunha e, em geral, suas quantidades absorvidas não diferiram do tratamento com carbonato e NPK. Dentre os metais avaliados, somente Mn, Cr e Ni nas maiores doses de escória (2, 5 e 10 X) tiveram acúmulo no solo maior que os tratamentos testemunha e com carbonato. Os resultados indicam que a escória utilizada é eficiente na correção da acidez do solo e que, quando aplicada em dose para elevar o pH até 6,5, em solos com características semelhantes ao estudado, não representa risco de acúmulo excessivo de metais pesados.