Divas, belíssimas e ainda aqui : primeiras gerações de travestis do sul do Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Camargo, Sophia Stella Starosta Bueno de
Orientador(a): Machado, Paula Sandrine
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/194592
Resumo: Este trabalho investiga questões ligadas ao envelhecimento e memória entre travestis do Rio Grande do Sul. As sujeitas da pesquisa são travestis gaúchas, com idades entre 65 e 80 anos, em sua maioria brancas, de trajetórias variadas. Foram realizadas entrevistas em profundidade bem como observação participante em ambientes propostos pelas participantes no curso do trabalho de campo. O material que emergiu a partir do lugar de encontro geracional entre a pesquisadora e as entrevistadas é analisado sob uma ótica interseccional, na qual os conceitos de memória e narrativa de si dialogam com as noções de marcadores sociais de diferença e performatividade de gênero. A metodologia utilizada na pesquisa também se funde à criação artística literária, tanto no estilo adotado na escrita em geral, como, especialmente, na elaboração de quatro ensaios com base nas histórias de vida de cada uma das entrevistadas. Com esse aporte teórico-metodológico, buscou-se compreender como as travestis veem a si mesmas e/na passagem do tempo, ao narrarem suas trajetórias, e de que maneira seu discurso carrega tanto aspectos específicos das articulações de suas identidades individuais como questões geracionais ligadas à memória coletiva do grupo. A expressão “belíssima” revelou-se parte fundamental, pois, em sua polissemia, encontrou-se questões importantes sobre a maneira como as travestis constroem a si mesmas, marcam diferenças geracionais e preservam a memória de sua comunidade