Integração financeira e os fluxos de capitais no Brasil : uma abordagem das condições de não-arbitragens, 1990 a 2004

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Silva, Soraia Santos da
Orientador(a): Hillbrecht, Ronald Otto
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/8515
Resumo: Este trabalho tem como objetivo investigar e analisar a evolução do grau de integração financeira do Brasil com os mercados de capitais internacionais a partir da década de noventa. O conceito de integração financeira fraca é adotado por meio da relação da paridade coberta de juros (PCJ) e o conceito de integração forte é usado a partir da relação de paridade descoberta de juros (PDJ). As condições de não arbitragem foram estimadas usando os modelos de parâmetros fixos e de parâmetros variando no tempo. A importância de estimar parâmetros variáveis ao longo do tempo deve-se ao fato de que várias mudanças na legislação de capitais estrangeiros ocorreram no período amostral. Além disso, os planos de estabilização, as crises monetárias e financeiras e a mudança de regime cambial devem ter mostrado algum efeito sobre o comportamento das paridades de juros. Como outra possibilidade, estudam-se os possíveis fatores pull e push relevantes na explicação dos fluxos de entrada de capitais estrangeiros. Os resultados indicaram que existe um grau de integração financeira intermediário tanto no sentido fraco como forte. Os desvios da PDJ sugerem a presença de um prêmio de risco país e de um prêmio de risco da moeda relevantes nas arbitragens de juros. A aplicação do filtro de Kalman nas equações da PCJ e da PDJ mostrou evidências de variação nos parâmetros, observando-se mudanças bruscas como graduais ao longo do tempo. A PCJ mostrou uma mudança no início de 1991 que pode estar associado ao período de abertura da conta de capital brasileira. Foi também possível observar dois momentos de quebras estruturais na evolução PDJ. Além disso, um aumento no diferencial de juros interno e externo produziu uma desvalorização excessiva na taxa de câmbio no momentos de crescimento na incerteza no mercado de divisas. Com a introdução do Plano Real, os resultados apontaram que os investimentos estrangeiros foram realizados com prêmios de risco país e da moeda mais elevado relativamente aos outros anos da década. Por fim, os resultados mostraram as influências de fatores push como de fatores pull nas decisões de investimento no Brasil.