Effects of different foam rolling protocols on musculotendinous properties and functional performance : a comprehensive study

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Löbell, Rose
Orientador(a): Geremia, Jeam Marcel
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: eng
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/273224
Resumo: O foam rolling (FR) é uma técnica de automassagem muito utilizada por profissionais da área de reabilitação e treinamento físico. A popularidade da técnica decorre dos efeitos funcionais relatados após sua aplicação, como aumento da flexibilidade e diminuição da dor muscular. Semelhante a outras técnicas de massagem e automassagem, especula-se que estes efeitos funcionais ocorram devido a alterações na rigidez das estruturas miotendíneas. Porém, os estudos atuais apresentam resultados conflitantes em relação às alterações na rigidez dos tecidos moles após FR ou outras técnicas de massagem, bem como seus protocolos mais recomendados. Em relação aos protocolos FR, foram investigados diferentes tempos de aplicação por série, mas os resultados ainda são conflitantes. Além disso, a relação entre o tempo de aplicação e os seus efeitos ainda não é clara. Assim, o objetivo desta dissertação de mestrado é identificar os efeitos de diferentes técnicas de massagem descritas na literatura na rigidez de estruturas miotendíneas e verificar os efeitos de diferentes protocolos de FR nas propriedades musculotendíneas e no desempenho funcional dos flexores plantares. A dissertação foi dividida em dois capítulos. No Capítulo I, foi desenvolvida uma revisão sistemática com meta-análise para verificar os efeitos de diferentes técnicas de massagem e automassagem (incluindo FR) na rigidez dos tecidos moles (unidade miotendína [UMT], tecidos muscular e tendíneo). As buscas foram feitas nas seguintes bases de dados: PubMed, Embase, Web of Science, PEDro, Preprint.org e MedRxiv. Foram identificados 2.167 estudos e incluídos 27 ensaios clínicos. Os dados dos estudos foram extraídos e o risco de viés dos artigos foi analisado por meio da escala PEDro. Nossa análise mostrou que as técnicas de massagem diminuíram a rigidez muscular (SMD: -0,392; IC95%: -0,545 a -0,239; p<0,001; I²: 49%), principalmente no reto femoral (SMD: -0,413; IC95%: -0,642 a -0,184; p<0,001; I²: 12%) e gastrocnêmio medial (SMD: -0,353; IC95%: -0,553 a -0,152, p: 0,001; I²: 0%); mas não alterou a rigidez do tendão e a UMT (SMD: 0,146; IC95%: -0,046 a 0,339; p: 0,136; I²: 34%). O Capítulo II apresenta os resultados de um estudo experimental que investigou os efeitos de diferentes protocolos de FR (FR90: três séries de 30s, FR180: três séries de 60s) e uma condição controle (CTRL) nas propriedades musculotendíneas dos flexores plantares, bem como desempenho funcional. As avaliações do tendão de Aquiles (TA) foram: a) propriedades morfológicas (área de secção transversa e comprimento do tendão) avaliadas em repouso por ultrassonografia; b) propriedades mecânicas (força, deformação, rigidez) e; c) materiais (stress, strain módulo de Young) avaliadas durante contrações em rampa em um dinamômetro isocinético. A rigidez passiva do gastrocnêmio medial e da UMT também foram avaliados. O desempenho funcional foi avaliado pela altura do salto countermovement unilateral por meio de cinemática bidimensional. A temperatura da pele (flexores plantares e TA) foi avaliada por termografia. A dor relatada na panturrilha e/ou outras regiões corporais foi verificada por meio de escala visual analógica após ambas as intervenções com FR. Não foram encontradas alterações nas propriedades morfológicas do TA. No entanto, a rigidez (CTRL: -8,0%, FR90: -4,3%, FR180: -30,5%) e o módulo de Young do TA (CTRL: -8,8%, FR90: -4,4%, FR180: -31,3%) diminuíram após todas as condições. Apesar de não haver diferença entre as condições, a redução relativa na rigidez do TA e no módulo de Young foi maior no FR180. Além disso, a rigidez passiva muscular (CTRL: -33,2%, FR90: -43,2%, FR180: -41,5%) e da UMT (CTRL: -30,0%, FR90: -32,9%, FR180: -39,3%) e altura de salto (CTRL: -6,3%, FR90: -1,4%, FR180: -4,5%) diminuíram após todas as condições; enquanto a temperatura da pele aumentou para todas as condições nas regiões de flexores plantares (média - CTRL: 1,8%, FR90: 1,7%, FR180: 2,6%) e TA (média - CTRL: 2,5%, FR90: 1,5%, FR180: 2,5%). A dor referida nos membros superiores foi maior no FR180, sem diferenças entre as condições para região da panturrilha. A redução da rigidez em todas as condições pode ter ocorrido devido aos estímulos de avaliação e ao efeito de creep. Considerando ambos os estudos, conclui-se que as técnicas de massagem podem reduzir a rigidez muscular e tendínea, especialmente no reto femoral, gastrocnêmio medial e TA, possivelmente devido à propriedade tixotrópica dos tecidos e/ou mecanismos neurofisiológicos (i.e., quebras de pontes cruzadas ou efeito inibitório sobre os nociceptores). Porém, como os efeitos da FR sobre o TA dependem de um tempo de aplicação maior, isso pode não trazer benefícios devido ao desconforto durante o rolamento. Além disso, o grupo controle é essencial em estudos que envolvem técnicas de massagem para identificar os efeitos inerentes às intervenções.