A revolução em película : a relação cinema-história e a construção do paradigma historiográfico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Quinsani, Rafael Hansen
Orientador(a): Guazzelli, Cesar Augusto Barcellos
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/139408
Resumo: Esta Tese tem por objetivo problematizar sobre as implicações teóricas da relação Cinema-História, destacando como os filmes interpretam a História e quais as consequências desse processo para a História como ciência e para o meio social. Trata-se de pensar como o aporte de novas tecnologias constitui uma forma narrativa para a História apresentada, e se a divulgação da História por imagens filmográficas permite perceber a composição de um novo paradigma centrado na Razão Poética, que possibilite a reavaliação do próprio paradigma científico da História. O contexto escolhido para ancorar nossa análise é o da Revolução Mexicana, primeira Revolução a descortinar o breve, porém intenso, século XX. Este processo é sem dúvida um dos mais significativos na História contemporânea e mundial. Sua abrangência, seus efeitos e experiências proporcionadas ainda trazem impacto no presente vivido. O grande número de filmes realizados no México e no exterior permitiu a criação de um corpus fílmico invejável: mais de quinhentas películas produzidas desde o início do processo revolucionário, em 1910. O volume de ficções também é considerável, e sua realização incidiu em todas as décadas, seja no âmbito nacional, seja no internacional. Diante da magnitude da Revolução, as manifestações artísticas não ficaram imunes. O Estado e a sociedade trataram de abordá-la com diferentes prismas e interesses. Entre narrativas de convergência, imagens de consenso, desconstruções e solidificações de heróis, criou-se um corpus de produtos artísticos que compreendia a arte muralista, a literatura e o cinema. A Revolução tomada como um continuum permite elaborar um quadro inteligível da sociedade mexicana. Fora do México o interesse historiográfico e cinematográfico foi significativo. Para além do seu vizinho do Norte, Europa e URSS detiveram seu olhar sobre a Revolução. A escolha dos quatro filmes analisados nesta Tese recai sobre obras realizadas em dois eixos, batizados de Quadros ideológicos-temporais. O olhar estrangeiro destes cineastas de certa forma também coincide com o olhar do autor desta Tese sobre o processo mexicano. Os filmes são: Que Viva México!, México em Chamas, Companheiros e Uma bala para o General. Dessa forma, se buscará a partir das análises fílmicas, delinear alguns elementos teóricos do paradigma Cinema-História centrado no conceito de Razão Poética.