Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Carneiro, Maiara dos Santos |
Orientador(a): |
Barth, Afonso Luis |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Palavras-chave em Inglês: |
|
Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/149494
|
Resumo: |
Claritromicina era considerada um antibiótico de escolha para infecções causadas pelo complexo Mycobacterium abscessus, entretando, recentemente falhas no tratamento com este antibiótico têm sido reportadas. A resistência adquirida a claritromicina está relacionada à mutações pontuais que acarretam substituição da adenina na posição 2058 ou na posição 2059 na região do gene rrl que codifica o domínio peptidil transferase do rRNA 23S. Um mecanismo secundário de resistência à claritromicina tem sido descrito como resistência induzida, que é conferida pelo polimorfismo T/C no nucleotídeo 28 do gene erm(41). A resistência adquirida pode ser detectada em até 3 dias de incubação do M. abscessus com a claritromicina enquanto que a resistência induzida requer mais do que 5 dias de incubação. Por outro lado, o uso de marcadores moleculares para detecção de resistência adquirida e induzida no complexo M. abscessus têm sido propostos. O objetivo desse estudo foi avaliar o perfil de suscetibilidade e os marcadores moleculares de resistência à claritromicina no complexo M. abscessus. Um total de 42 isolados de um estudo prévio de vigilância, entre os anos 2007 e 2013 foram utilizados. O perfil de suscetibilidade para a claritromicina foi determinado por microdiluição em caldo com leituras em 3, 5, 7 e 14 dias. Mutações nos genes rrl e erm(41) foram avaliados por PCR com primers específicos e posterior sequenciamento. Resistência à claritromicina, em até 3 dias de incubação, foi observada em 31 dos 42 (73,8%) isolados. Resistência induzida à claritromicina foi observada em 6 de 11 (54,5%) isolados que apresentaram resistência após 5 ou 7 dias de incubação. Todos os isolados com resistência induzida foram M. abscessus subsp. massiliense. Além disso, todos os 28 isolados de M. abscessus subsp. massiliense apresentaram deleção em erm(41). Apenas cinco isolados foram sensíveis à claritromicina após 14 dias de incubação. Nenhum dos 42 isolados apresentaram mutação pontual na região de peptidil transferase do rRNA 23S e todos os isolados apresentaram o polimorfismo T/C no nucleotídeo 28 do gene erm(41). Os dados deste estudo indicam a falta de correlação dos marcadores moleculares com a expressão de resistência à claritromicina. |