Resumo: |
O presente trabalho pretende dissertar sobre a temática da escrita da história em geral e, em particular, sobre a maneira como um texto de história organiza, na unidade de uma narrativa, a pluralidade de uma experiência de tempo. Para tanto, a ênfase é colocada sobre a tarefa de conceituação na historiografia, especialmente na utilização do conceito de experiência histórica como articulador do tempo da ação humana e como organizador da narrativa historiográfica. Um diálogo é estabelecido entre os trabalhos de Paul Ricoeur, e sua compreensão poética da narrativa historiográfica, e de Reinhardt Koselleck, com sua concepção plural de tempo histórico. Analisam-se duas obras em particular, A formação da classe operária inglesa, de Edward Palmer Thompson, e História da sexualidade II: o uso dos prazeres, de Michel Foucault, nas quais o conceito em questão e utilizado. Além disso, esta dissertação procura delimitar precisamente um possível campo de atuação para a teoria da história, como uma análise tomando o texto como paradigma e a hermenêutica do discurso como modelo analítico. |
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