Expansão do ensino superior federal, atores territoriais e emergência de novas escalas de poder e gestão : a Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Rorato, Geisa Zanini
Orientador(a): Ruckert, Aldomar Arnaldo
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/151355
Resumo: A tese trata da criação de novas universidades federais como resultado de demandas de atores territoriais. Também destaca a multidimensionalidade do poder e como a emergência de atores territoriais nas políticas públicas constrói novas formas de gestão do território, a partir de práticas mais democráticas e horizontalizadas. A hipótese principal defendida nesta tese é de que os atores podem ser mecanismos de transformação dos usos do território, influenciando a ação do Estado sobre estes territórios. O estudo de caso da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) permitiu compreender como sua criação e implantação foram determinadas pela ação do Estado em interação com os múltiplos atores e suas escalas de poder e gestão. Temos, de um lado, um governo federal disposto a investir no ensino superior federal e, por outro, um território que apresenta uma diversidade de atores articulados em rede e que vão, rapidamente, responder a este ambiente favorável. Estes atores vão buscar impor suas reivindicações num contexto de abertura democrática e de valorização dos movimentos sócio territoriais. A criação da UFFS mostra que a influência dos atores territoriais nas decisões do governo federal só foi possível pela emergência de uma escala intermediária entre a escala federal e a regional/local. Esta escala atuou como “filtro das demandas” dos atores territoriais que, unidos nesta escala, fortaleceram seu poder de influência junto ao governo federal até alcançarem a efetiva criação da UFFS. Concluímos que a experiência da UFFS evidencia a emergência das escalas intermediárias no plano decisional e a importância do planejamento como corpo regulador que media o jogo de interesses dos atores territoriais nas diferentes escalas de poder e gestão.