Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
1999 |
Autor(a) principal: |
Schein, Vanessa |
Orientador(a): |
Silva, Roselis Silveira Martins da |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/268130
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Resumo: |
O presente trabalho teve como objetivo determinar os efeitos do estresse hiperosmótico sobre o metabolismo de carboidratos, as concentrações hemolinfáticas de aminoácido livres e a síntese de proteínas no caranguejo C. granulata previamente adaptado a uma dieta rica em carboidratos (RC) ou rica em proteínas (RP). Os animais foram divididos em dois grupos experimentais: um grupo alimentado com a dieta RC e outro com a dieta RP, durante um período de aclimatação de três semanas. Após esse período, os animais foram submetido ao estresse hiperosmótico por 24, 72 e 144 horas, período em que mantiveram seu comportamento alimentar normal. Nos animais submetidos à 24, 72 e 144 horas de estresse hiperosmótico, foram analisadas as concentrações de glicose hemolinfática, os níveis de glicose livre e de glicogênio no hepatopâncreas, no músculo e nas brânquias anteriores e posteriores. As concentrações de aminoácidos livres hemolinfáticos, a captação de glicose e a síntese de proteínas, no hepatopâncreas, no músculo e nas brânquias anteriores e posteriores, foram determinadas nos grupos submetidos à 24 e 72 horas de estresse hiperosmótico. No grupo de animais adaptados à dieta RC, o estresse hiperosmótico aumentou em 40% (p<0,05) a concentração hemolinfática de glicose às 144 horas. No grupo de animais submetidos à dieta RP não foram verificadas alterações da glicemia ao longo dos períodos de estresse estudados. As concentrações de glicogênio no tecido hepatopancreático do grupo de animais adaptados à dieta rica em carboidratos não foram alteradas significativamente ao longo do estresse hiperosmótico. Contudo, tanto os níveis de glicose livre como a captação de glicose aumentaram após 72 horas de choque hiperosmótico. Nos animais adaptados à dieta RP a concentração de glicogênio hepatopancreático diminuiu 60% (p>0,05) às 24 horas de choque hiperosmótico, entretanto, os níveis de glicose livre aumentaram em 40% às 72 horas. Nesse grupo, o estresse hiperosmótico de 72 horas não alterou a capacidade de captação de glicose pelo tecido hepatopancreático. No tecido muscular do grupo de animais alimentados com a dieta RP, não foram verificadas alterações significativas das concentrações de glicose livre, de glicogênio e na captação de glicose. Entretanto, no grupo RC, o estresse hiperosmótico de 24 horas determinou um aumento de 3,7 vezes (p<0,05) da concentração de glicogênio, e de 30% (p>0,05) dos níveis de glicose livre às 72 e 144 horas de choque hiperosmótico. A captação de glicose no tecido muscular do grupo RC, não foi alterada com o estresse hiperosmótico de 72 horas. As concentrações de glicose livre e de glicogênio, nas brânquias anteriores e posteriores dos animais alimentados com a dieta RC, não foram afetadas significativamente pelo estresse hiperosmótico. Nas brânquias anteriores e posteriores do grupo RP, ocorreu um aumento de aproximadamente 50% (p<0,05) dos níveis de glicose livre às 24 horas, e de cerca de 60% (p<0,05) das concentrações de glicogênio às 72 horas. Em ambos os grupos experimentais, 72 horas de estresse hiperosmótico não determinaram alterações significativas na capacidade de captação de glicose nas brânquias anteriores e posteriores. As concentrações micromolares dos aminoácidos glicina, serina, arginina, alanina e prolina não apresentaram diferenças significativas entre os grupos RC e RP controles. Nos animais adaptados à dieta RC, as concentrações de glicína diminuíram marcadamente (p<0,05) às 24 horas (62%) e às 72 horas (52%) de estresse hiperosmótico; a serina diminuiu em cerca de 40% (p>0,05J às 72 horas; a arginina diminuiu nas primeiras 24 horas de choque hiperosmótico. Nos animais do grupo RP, o estresse hiperosmótico reduziu os níveis hemolinfáticos da glicina em cerca de 30% e 40% (p>0,05) às 24 e 72 horas, respectivamente; as concentrações hemolinfáticas de arginina, de alanina e de prolina aumentaram (p>0,05) durante os períodos de choque hiperosmótico estudados. A concentração hemolinfática de serina mantevese constante. O choque hiperosmótico de 72 horas foi efetivo em determinar um aumento da capacidade de síntese de proteínas nos animais do grupo RP. Nos tecidos hepatopancreático e muscular o aumento da síntese de proteínas foi de aproximadamente 45%; nas brânquias posteriores esse aumento foi de 61%. Nos caranguejos adaptados à dieta RC, somente o tecido hepatopancreátíco teve a sua capacidade de síntese de proteínas aumentada em cerca de 45%. Os resultados sugerem que o padrão de ajuste metabólico, durante o estresse hiperosmótico, nos caranguejos previamente alimentados com a dieta RP difere daquele observado nos animais mantidos previamente com a dieta RC. |