Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Santos, Diego Almeida dos |
Orientador(a): |
Giugliani, Elsa Regina Justo |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/232474
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Resumo: |
Introdução: São vastos os benefícios do aleitamento materno exclusivo (AME) para a díade mãe-bebê e sua prática deve ser iniciada ainda na primeira hora após o parto e seguida até os 6 meses de vida da criança. Tais proveitos da amamentação na saúde do binômio são percebidos nos curto e longo prazos e repercutem também em aspectos sociais, econômicos e ambientais. Ainda assim, as prevalências da amamentação exclusiva em menores de 6 meses não são satisfatórias, sendo menor de 50% no Brasil. Sabe-se que a decisão e o ato de amamentar são influenciados por diversos determinantes, incluindo as dificuldades iniciais enfrentadas pelas lactantes nas maternidades. Muitas vezes, o uso do bico de silicone é utilizado no manejo dessas dificuldades, embora pouco se saiba sobre os impactos do seu uso na amamentação. Objetivo: Investigar a associação entre o uso do bico de silicone pela mulher na maternidade e a interrupção do AME nos primeiros 6 meses de vida da criança. Metodologia: Trata-se de um estudo de coorte conduzido em Porto Alegre, Brasil, que acompanhou duplas mães-lactentes a partir do nascimento da criança. A amostra foi selecionada em duas maternidades, uma pública e outra privada, de forma aleatória, totalizando 287 pares mãe-filho. Os critérios de inclusão no estudo foram família residir em Porto Alegre, recém-nascido a termo, não gemelar, em alojamento conjunto e sem intercorrências da mãe ou da criança que pudessem impedir ou comprometer significativamente o aleitamento materno. O acompanhamento nos primeiros 6 meses compreendeu duas entrevistas nos domicílios das mulheres (com 1 e 6 meses) e duas por telefone (aos 2 e 4 meses). Para a análise dos dados utilizou-se a curva de sobrevida de Kaplan-Meier e a regressão multivariável de Cox, para testar a associação entre uso do bico de silicone na maternidade e o desfecho, definido como interrupção do AME antes dos 6 meses de vida do lactente. Fizeram parte do modelo de regressão, além do desfecho, as variáveis associadas ao desfecho com p<0,2 na análise univariável. Resultados: O bico de silicone foi utilizado na maternidade por 12,5% das puérperas: 6,2% na maternidade pública e 25,8% na privada. A mediana da duração do AME entre as mulheres que utilizaram o bico de silicone foi de 11 dias (IC 95%: 0,0 - 36,9) e entre as que não fizeram uso do acessório foi de 89 dias (IC 95%: 60,8 - 117,2). Na análise multivariável, o uso do bico de silicone na maternidade associou-se positivamente à interrupção do AME (Razão de Risco Ajustada 1,47; IC95%=1,01 – 2,15). O risco foi maior nos primeiros meses de amamentação, variando de 2,0 com 1 mês a 1,47 aos 6 meses. Conclusão: O uso do bico de silicone na maternidade aumentou o risco de interrupção do AME, sobretudo nos primeiros meses, sugerindo cautela na recomendação desse acessório. |