Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Alvez, Pedro Henrique de Moraes |
Orientador(a): |
Nicolazzi, Fernando Felizardo |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/134089
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Resumo: |
Giorgio Vasari nasceu em 1511, na cidade de Arezzo, Itália. Em 1574, quando morreu, deixou atrás de si uma enorme quantidade de pinturas por toda a Toscana, uma série de empreendimentos arquitetônicos em Florença que realizou para o duque, bem como a obra pela qual talvez seja mais conhecido: o livro das Vite de’più eccelenti architetti, pittori e scultori italiani da Cimabue insino a tempi nostri descritte in lingua toscana da Giorgio Vasari pittore Aretino con una sua utile e necessaria introduzione a le arti loro (As vidas dos mais excelentes arquitetos, pintores e escultores italianos de Cimabue até os nossos tempos descritas em língua toscana por Giorgio Vasari pintor aretino com uma introdução útil e indispensável para as diferentes artes). Tão impressionante quanto o sucesso de sua carreira, são a quantidade e a variedade de registros sobre si mesmo que Giorgio Vasari foi capaz de produzir. Hábil também como escritor, registrou uma autobiografia como pintor e arquiteto, que julgou pertinente inserir na segunda edição de seu livro, além de um diálogo em que explica a decoração do Palazzo Vecchio. Também guardou cuidadosamente o registro de boa parte de suas encomendas, e deixou uma série de papéis esparsos que seus descendentes reuniriam com orgulho no chamado Zibaldone, em que estariam preservadas as invenzione do cavaliere Giorgio Vasari. Conhecedor e amante das artes, como se apresenta não apenas em sua autobiografia, mas ao longo de todas as Vite, detinha os meios técnicos necessários para realizar os ciclos decorativos internos das duas casas que adquiriu com o sucesso de sua carreira. Uma em Arezzo, sua cidade natal, a outra em Florença, local de sua realização profissional. Nesses ciclos expressou, ainda que de forma menos evidente do que os padrões contemporâneos exigem, e sempre limitado pelas convenções de sua época, o entendimento que tinha de si mesmo e de sua trajetória. Nesse trabalho, dedico-me a analisar essa documentação deixada por Vasari, procurando os traços de sua descrição de si mesmo, e tentando entender seus limites, suas possibilidades, suas inovações e suas motivações. Procuro compreender esse material a partir de um horizonte de expectativas individual do próprio Vasari, relacionando-o ao contexto de possibilidades que se abriam ao artistas durante esse período do qual ele não apenas fez parte, mas também ajudou a construir conceitualmente para a disciplina histórica: o Renascimento. No primeiro capítulo tento entender os limites dentro dos quais operava sua autorrepresentação escrita recorrendo a fontes mais antigas. A análise dessa figuração retórica através do texto aparece no segundo capítulo, em que realizo o comentário mais extenso de seus escritos. Essa tarefa bipartida é condensada no terceiro capítulo, em que procuro delimitar sua representação pictórica através de exemplos anteriores e contemporâneos, antes de realizar a análise do material vasariano propriamente dito. |