Alternativas para a redução de sintomas de mancha preta dos citros em tangerinas para consumo in natura

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Nascimento, Fernanda Varela
Orientador(a): Bender, Renar João
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/181172
Resumo: A citricultura está entre as principais atividades agrícolas do Brasil e do Rio Grande do Sul. Porém, diversos problemas fitossanitários acometem os cultivos sendo que a mancha ou pinta preta dos citros (Phyllosticta citricarpa) é uma das doenças fúngicas que tem causado preocupação e tem sido responsável pelo aumento do custo de produção. O fungo pode infectar os frutos ainda na fase inicial de desenvolvimento e os sintomas aparecem durante a maturação quando a casca muda de cor ou ainda podem manifestar-se em pós-colheita, geralmente na face exposta ao sol e ficam restritos ao flavedo comprometendo a aparência dos frutos e a sua comercialização para o mercado in natura. Assim, os objetivos desse trabalho foram caracterizar o início e progresso da doença nas tangerinas no RS e estudar a aplicação de películas fotoprotetoras e o uso de revestimentos comestíveis como formas alternativas para reduzir os sintomas de mancha preta dos citros em pós-colheita de tangerinas. Realizou-se um estudo nas condições da Depressão Central do Rio Grande do Sul, através da exposição de tangerinas em diferentes períodos durante dois ciclos para determinar períodos favoráveis à infecção. Películas fotoprotetoras à base de emulsão de cera de carnaúba ou com a adição de óxido de zinco (ZnO) e dióxido de titânio (TiO2) foram avaliadas em três experimentos. Em pós-colheita, foram testados revestimentos comestíveis à base de quitosana ou emulsão de carnaúba e, também, com a adição de sais com ação antimicrobiana: bicarbonato de sódio e metassilicato de sódio, em tangerinas ‘Caí’, ‘Rainha’ e ‘Montenegrina’. Do estudo observacional conclui-se que não houve correlação entre a incidência da doença e a precipitação e temperatura e os frutos foram suscetíveis à infecção durante todo o seu desenvolvimento. Constatou-se que a aplicação de películas fotoprotetoras à base cera de carnaúba a 20% em tangerinas pode reduzir a incidência de mancha preta dos citros nas cvs. Montenegrina e Rainha, mas a adição de TiO2 pode causar danos à casca de frutos e redução da atividade fotossintética. Assim, será necessário aprimorar as formulações e uso desses produtos para viabilizar essa técnica em diferentes cultivares. O uso de revestimentos comestíveis inibiu o aparecimento de lesões em pós-colheita de tangerinas ‘Caí’, porém não teve o mesmo efeito em ‘Rainha’ e ‘Montenegrina’. Indicando que é importante integrar essa prática a outras medidas de controle.