Um porto em contradição : memória política, engajamento e revitalização urbana na proposta de requalificação do Cais Mauá em Porto Alegre-RS

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Abalos Junior, Jose Luis
Orientador(a): Eckert, Cornelia
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/157929
Resumo: Recentemente o Cais Mauá, antigo porto da cidade Porto Alegre/RS, teve um projeto de revitalização aprovado nas múltiplas instâncias administrativas da burocracia do estado e encaminha-se para ser implementado em 2017. Busco demonstrar no decorrer deste trabalho que a ideia de um “reestabelecimento de uma relação dos habitantes da cidade com o porto”, apontada pelo empreendimento responsável pela revitalização, não é consensual. Ela aglutina inúmeras contradições políticas que procurei acompanhar etnograficamente através do contato consentido com coletivos de ativismo urbano. Realizando uma antropologia dos processos de contradição que se relacionam aspectos sócio-históricos, paisagísticos e econômicos proponho demonstrar o quanto transformações urbanas na cidade, especificamente as ligadas à área portuária porto alegrense, estão vinculadas a uma memória política. Através das narrativas de meus interlocutores e de pesquisas em acervo pude perceber que os projetos de (re)qualificação para o Cais Mauá são tão históricos quanto as suas resistências. Com decadência das atividades portuárias na década de oitenta, ativistas, gestores de políticas e planejadores urbanos sonharam desenvolvimentos diferenciados para a região. Neste sentido a resistência à revitalização do Cais Mauá emerge não só como o estabelecimento de planos, projetos e propostas alternativas, mas como um confronto de modelos de cidade no século XXI.